Lote 21
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Arte sacra

SANTO OVÍDIO ADVOGADO DAS DORES DE OUVIDO E DOS MARIDOS INFIÉIS. RICA IMAGEM EM MADEIRA DOURADA E POLICROMADA REPRESENTANDO SANTO OUVÍDIO. COM RESPLENDOR EM PRATA DE LEI. NA BASE INSCRIÇÃO SANTO OUVÍDIO. BELISSIMO PANEJAMENTO E DECORAÇÃO EM PONTA SECA. EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. PORTUGAL, SEC. XIX. (31 CM DE ALTURA COM O RESPLENDOR). NOTA: É pouco conhecida a biografia desde santo, um dos mártires do Cristianismo, ligado aos primórdios da Sé bracarense. Nascido na ilha da Sicília terá sido enviado, pelo Papa Clemente I, para Braga, onde foi o terceiro bispo, no ano de 95. Terá morrido, como mártir, no ano de 135 e está sepultado na Sé de Braga. No hagiológico cristão a sua festa decorre a 3 de Junho. Na religiosidade popular Santo Ovídio, também chamado de Santo Ouvido, é advogado contra as dores de ouvidos e os maridos infiéis. Assim o povo, a quem os ditos males afligiam, fazia-lhe promessas de oferendas, na expectativa de ser correspondido. Estas consistiam em dinheiro, objetos de cera, nomeadamente ouvidos ou cabeças e, curiosamente, telhas. O nome de Santo Ovídio é frequente na toponímia do norte de Portugal e Galiza e o seu culto encontra-se também aí muito difundido. Na paróquia de Santo Ovídio, da freguesia gaiense de Mafamude, existe festa anual, durante muito tempo com feira anual, a qual tem lugar no primeiro domingo de Setembro, no Largo de Estêvão Torres, popularmente chamado de Largo da Feira, ou Largo de Santo Ovídio. Este culto remonta, pelo menos, ao século XVIII sendo certo que em 1758, à data das Memórias Paroquiais, havia festa no primeiro domingo de Setembro na capela de Santo Ouvido a festejar a imagem do mesmo Santo, tudo na maior veneração. Nesse tempo havia duas modestas capelas, uma de invocação ao Senhor do Padrão, com festividade no primeiro domingo de Maio e outra a Santo Ovídio, as quais foram construídas pelo povo para ouvirem missa nos dias de muito Inverno, não tanto pela distância em relação à matriz de S. Cristóvão, mas, provavelmente, pelo mau estado dos caminhos. Este aspecto é importante pois, presentemente existem duas igrejas, em Santo Ovídio, conhecidas popularmente por capela de Santo Ovídio e igreja nova, esta construída há cerca de 20 anos. No entanto a chamada capela (ex-igreja) de Santo Ovídio, mudada para o lugar atual, devido à remodelação da rede viária, em 1950, conheceu uma apropriação da sua designação, já que deveria chamar-se capela do Senhor do Padrão. De fato até aos finais do século XIX, coexistiam, na Rua do Padrão, esta capela e uma outra de invocação a Santo Ovídio, a qual foi demolida, devido à pressão de um morador do local, rico e influente, e a quem a capela atrapalhava a vista do mar. De acordo com a tradição, o dito morador consegui valer os seus intentos, mas logo depois ficou cego e o povo nesse fato viu um castigo divino. Uma das promessas normalmente feitas a Santo Ovídio era a oferta de telhas. Esta particularidade, praticada em terras gaienses em tempos não muito distantes, é também conhecida de outras festas a Santo Ovídio Portugal afora, Em Valença, segundo a tradição, para obter as graças do Santo, devia oferecer-se sal e telhas roubadas, no dia da romaria. De acordo com Soledade Martinho Costa esta prática aparece como propiciatória no roubo ritual que se fazia outrora do Menino Jesus que Santo António segura no colo, muitas vezes desaparecida da imagem do Santo, tradição que se manteve até aos inícios do séc. XX, segundo crença popular para obrigar o Santo a conceder pedidos.

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Tipo: Arte sacra

SANTO OVÍDIO ADVOGADO DAS DORES DE OUVIDO E DOS MARIDOS INFIÉIS. RICA IMAGEM EM MADEIRA DOURADA E POLICROMADA REPRESENTANDO SANTO OUVÍDIO. COM RESPLENDOR EM PRATA DE LEI. NA BASE INSCRIÇÃO SANTO OUVÍDIO. BELISSIMO PANEJAMENTO E DECORAÇÃO EM PONTA SECA. EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. PORTUGAL, SEC. XIX. (31 CM DE ALTURA COM O RESPLENDOR). NOTA: É pouco conhecida a biografia desde santo, um dos mártires do Cristianismo, ligado aos primórdios da Sé bracarense. Nascido na ilha da Sicília terá sido enviado, pelo Papa Clemente I, para Braga, onde foi o terceiro bispo, no ano de 95. Terá morrido, como mártir, no ano de 135 e está sepultado na Sé de Braga. No hagiológico cristão a sua festa decorre a 3 de Junho. Na religiosidade popular Santo Ovídio, também chamado de Santo Ouvido, é advogado contra as dores de ouvidos e os maridos infiéis. Assim o povo, a quem os ditos males afligiam, fazia-lhe promessas de oferendas, na expectativa de ser correspondido. Estas consistiam em dinheiro, objetos de cera, nomeadamente ouvidos ou cabeças e, curiosamente, telhas. O nome de Santo Ovídio é frequente na toponímia do norte de Portugal e Galiza e o seu culto encontra-se também aí muito difundido. Na paróquia de Santo Ovídio, da freguesia gaiense de Mafamude, existe festa anual, durante muito tempo com feira anual, a qual tem lugar no primeiro domingo de Setembro, no Largo de Estêvão Torres, popularmente chamado de Largo da Feira, ou Largo de Santo Ovídio. Este culto remonta, pelo menos, ao século XVIII sendo certo que em 1758, à data das Memórias Paroquiais, havia festa no primeiro domingo de Setembro na capela de Santo Ouvido a festejar a imagem do mesmo Santo, tudo na maior veneração. Nesse tempo havia duas modestas capelas, uma de invocação ao Senhor do Padrão, com festividade no primeiro domingo de Maio e outra a Santo Ovídio, as quais foram construídas pelo povo para ouvirem missa nos dias de muito Inverno, não tanto pela distância em relação à matriz de S. Cristóvão, mas, provavelmente, pelo mau estado dos caminhos. Este aspecto é importante pois, presentemente existem duas igrejas, em Santo Ovídio, conhecidas popularmente por capela de Santo Ovídio e igreja nova, esta construída há cerca de 20 anos. No entanto a chamada capela (ex-igreja) de Santo Ovídio, mudada para o lugar atual, devido à remodelação da rede viária, em 1950, conheceu uma apropriação da sua designação, já que deveria chamar-se capela do Senhor do Padrão. De fato até aos finais do século XIX, coexistiam, na Rua do Padrão, esta capela e uma outra de invocação a Santo Ovídio, a qual foi demolida, devido à pressão de um morador do local, rico e influente, e a quem a capela atrapalhava a vista do mar. De acordo com a tradição, o dito morador consegui valer os seus intentos, mas logo depois ficou cego e o povo nesse fato viu um castigo divino. Uma das promessas normalmente feitas a Santo Ovídio era a oferta de telhas. Esta particularidade, praticada em terras gaienses em tempos não muito distantes, é também conhecida de outras festas a Santo Ovídio Portugal afora, Em Valença, segundo a tradição, para obter as graças do Santo, devia oferecer-se sal e telhas roubadas, no dia da romaria. De acordo com Soledade Martinho Costa esta prática aparece como propiciatória no roubo ritual que se fazia outrora do Menino Jesus que Santo António segura no colo, muitas vezes desaparecida da imagem do Santo, tradição que se manteve até aos inícios do séc. XX, segundo crença popular para obrigar o Santo a conceder pedidos.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada