Lote 120A
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Tipo:
Numismática - Moedas

DOM JOÃO V 4000 RÉIS BAHIA BBBB 1721 SOBERBA EXTREMAMENTE RARA MOEDA EM OURO 22 K. CUNHADA PELA CASA DA MOEDA DA BAHIA EM 1721. TEM NO VERSO ESCUDO REAL PORTUGUÊS E LEGENDA EM LATIM TRADUZIDO: JOÃO V PELA GRAÇA DE DEUS REI DE PORTUGAL E ALGARVES. NO REVERSO LEGENDA IN HOC SIGNO VINCES (SOB ESTE SIGNO VENCERÁS). CRUZ LATINA E QUATRO Bs. BAHIA, 1721, 28 MM DE DIAMETRO, 10,74 GNOTA: DOM JOÃO V foi o vigésimo quarto rei de Portugal. Seu reinado foi de 1707 a 1750 (um dos mais longos da história portuguesa). Foi em seu governo que foi celebrado o Tratado de Utreque (1714) quando França e Espanha reconheceram a soberania portuguesa sobre o Brasil. Foi um rei absolutista e em seu reinado aconteceu o apogeu da exploração do ouro no Brasil que transformou Portugal em um Reino de Primeira grandeza. Seu primeiro ministro e homem de confiança era o Cardeal da Mota. Construiu palácios, monastérios, trouxe artistas italianos para trabalhar em pintura e escultura. Introduziu a ópera italiana em 1731, ano da cunhagem dessa moeda em pregão. O Palácio Convento de Mafra foi erigido para agradecer o nascimento do primeiro filho varão, também construiu o aqueduto das águas livres em Lisboa até hoje admirado. A efervescência arquitetural foi tamanha em seu reinado que se atribui ao estilo da época a designação Barroco Joanino. Casou em 1708 com D. Maria Ana Josefa, arquiduquesa de Áustria, filha do Sacro Imperador Germânico, Leopoldo I, e da condessa Leonor Madalena de Neuburg. A rainha foi irmã dos sacros Imperadores José I e Carlos VI. Muito culta, conhecia e falava alemão, francês, italiano, espanhol e latim. Resignou-se rapidamente ao abandono a que D. João V a votava. Muito devota, entregava-se com frequência a práticas piedosas. Interessava-se por coisas do mundo, passava ao longo do rio Tejo com a Família Real e a Corte, participando frequentemente de festas e serenatas no rio e lançamentos de navios ao mar. Apaixonada por música, assistia sempre aos concertos e aos serões de ópera da Corte. Uma particularidade curiosa sobre o rei Dom João V era seu apetite sexual desmedido por Freiras, o que lhe rendeu a alcunha de D. João V o Freirático. A mais famosa de todas foi a Madre Paula, enclausurada no convento de Odivelas, Lisboa. Esta Madre Paula, que se fez poderosa e influente pelo domínio que exercia sobre o seu régio amante, foi mãe de um dos filhos ilegítimos de D. João V, os chamados Meninos de Palhavã. Estes amores freiráticos eram de resto generalizados entre os nobres portugueses do tempo, a tal ponto que, em 1724, alguns deles foram convocados à Secretaria de Estado para assinarem um termo em que se comprometiam a não mais visitarem as freiras nos conventos, a deixarem de lhes escrever e a não lhes fazerem acenos da rua. Para Carla Brito, nunca houve, em amor, ninguém tão escarnado, tão explorado, e tão pouco exigente como o freirático. Um pouco de coro, nada mais que pedia. Os admiradores das Freiras arruinavam-se em jóias, em presépios, em capelas para os anjos, em capas para irmandades , pelo prazer ingênuo, pelo inofensivo prazer de poder confessar a um amigo, entre dois risinhos secos e duas cortesias dançadas como o marquês de Gouveia, como o conde de Tarouca, como o morgado da Oliveira, e como o Próprio Rei também tinha a sua freira na Rosa, nas Mónicas, em Salvador ou em Sant'Ana. Dom João V mandou fazer para Madre Paula uma banheira em prata maciça com vermeil no interior. Seus contemporâneos relatam o luxo dos aposentos da Freira: tudo que se toca é em prata, em talha dourada, móveis palacianos, santos de ouro maciço. Mas era um tipo de amor proibido, e por proibido Dom João V perseguiu com mãos de ferro os que intentaram aventurar-se nesses romances . Logo ele, o Freirático maior do reino, considerou-se isento de tais limitações. Manual Complementar Complementar de 1742 por corregedores de bairros, são presos oitenta e tantos, diz o Folheto de Lisboa, - entre eles pessoas de qualidade. 0 rei, em 1744, mandando chamar de Geral de Alcobaça e fazer uma reforma dos mosteiros de bernardas e relacionar todos os freiráticos que frequentam. E ordenou uma devassa que encheu cadeias de povoados de fidalgos, de bandalhos, de estudantes. D. João v, já paralítico, o barrete de Santo André Avelino enterrado na cabeça, com mãos descarnadas, o óculo de ouro encostado à órbita, lê voluptuosamente a relação dos presos, e rouqueja para frei Manuel do Sepulcro: - Cacem mais, cacem mais ... No dia 29 de Julho de 1750, tinha o rei 60 anos, quando o cardeal-patriarca administrou a extrema-unção a D.João V, com a presença de todos os seus filhos e da Rainha.Segundo descrição da época "finalmente chegou o termo de expirar sua Magestade e sem movimento estranho, mas com serenidade e suma quietação, acabou a vida no Mundo", as 7 horas da tarde do dia 31 de Julho.Imediatamente, após a família se ter retirado, segui-se o embalsamamento do cadáver real. As vísceras régias foram encerradas num vaso e enviadas para São Vicente de Fora, onde mais tarde o corpo viria a ser sepultado. No dia 3 de Agosto foi rezada pelo patriarca a missa de corpo presente. As cerimónias fúnebres foram magnificentes, decorrendo vários cerimoniais por todo o Reino, nomeadamente em Braga, governada pelo meio irmão de D.João, o arcebispo D.José, mas igualmente no Brasil e mesmo em algumas irmandades de cortes estrangeiras, sediadas em Portugal, o fizerem. Assim morreu o Rei Sol Português

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DOM JOÃO V 4000 RÉIS BAHIA BBBB 1721 SOBERBA EXTREMAMENTE RARA MOEDA EM OURO 22 K. CUNHADA PELA CASA DA MOEDA DA BAHIA EM 1721. TEM NO VERSO ESCUDO REAL PORTUGUÊS E LEGENDA EM LATIM TRADUZIDO: JOÃO V PELA GRAÇA DE DEUS REI DE PORTUGAL E ALGARVES. NO REVERSO LEGENDA IN HOC SIGNO VINCES (SOB ESTE SIGNO VENCERÁS). CRUZ LATINA E QUATRO Bs. BAHIA, 1721, 28 MM DE DIAMETRO, 10,74 GNOTA: DOM JOÃO V foi o vigésimo quarto rei de Portugal. Seu reinado foi de 1707 a 1750 (um dos mais longos da história portuguesa). Foi em seu governo que foi celebrado o Tratado de Utreque (1714) quando França e Espanha reconheceram a soberania portuguesa sobre o Brasil. Foi um rei absolutista e em seu reinado aconteceu o apogeu da exploração do ouro no Brasil que transformou Portugal em um Reino de Primeira grandeza. Seu primeiro ministro e homem de confiança era o Cardeal da Mota. Construiu palácios, monastérios, trouxe artistas italianos para trabalhar em pintura e escultura. Introduziu a ópera italiana em 1731, ano da cunhagem dessa moeda em pregão. O Palácio Convento de Mafra foi erigido para agradecer o nascimento do primeiro filho varão, também construiu o aqueduto das águas livres em Lisboa até hoje admirado. A efervescência arquitetural foi tamanha em seu reinado que se atribui ao estilo da época a designação Barroco Joanino. Casou em 1708 com D. Maria Ana Josefa, arquiduquesa de Áustria, filha do Sacro Imperador Germânico, Leopoldo I, e da condessa Leonor Madalena de Neuburg. A rainha foi irmã dos sacros Imperadores José I e Carlos VI. Muito culta, conhecia e falava alemão, francês, italiano, espanhol e latim. Resignou-se rapidamente ao abandono a que D. João V a votava. Muito devota, entregava-se com frequência a práticas piedosas. Interessava-se por coisas do mundo, passava ao longo do rio Tejo com a Família Real e a Corte, participando frequentemente de festas e serenatas no rio e lançamentos de navios ao mar. Apaixonada por música, assistia sempre aos concertos e aos serões de ópera da Corte. Uma particularidade curiosa sobre o rei Dom João V era seu apetite sexual desmedido por Freiras, o que lhe rendeu a alcunha de D. João V o Freirático. A mais famosa de todas foi a Madre Paula, enclausurada no convento de Odivelas, Lisboa. Esta Madre Paula, que se fez poderosa e influente pelo domínio que exercia sobre o seu régio amante, foi mãe de um dos filhos ilegítimos de D. João V, os chamados Meninos de Palhavã. Estes amores freiráticos eram de resto generalizados entre os nobres portugueses do tempo, a tal ponto que, em 1724, alguns deles foram convocados à Secretaria de Estado para assinarem um termo em que se comprometiam a não mais visitarem as freiras nos conventos, a deixarem de lhes escrever e a não lhes fazerem acenos da rua. Para Carla Brito, nunca houve, em amor, ninguém tão escarnado, tão explorado, e tão pouco exigente como o freirático. Um pouco de coro, nada mais que pedia. Os admiradores das Freiras arruinavam-se em jóias, em presépios, em capelas para os anjos, em capas para irmandades , pelo prazer ingênuo, pelo inofensivo prazer de poder confessar a um amigo, entre dois risinhos secos e duas cortesias dançadas como o marquês de Gouveia, como o conde de Tarouca, como o morgado da Oliveira, e como o Próprio Rei também tinha a sua freira na Rosa, nas Mónicas, em Salvador ou em Sant'Ana. Dom João V mandou fazer para Madre Paula uma banheira em prata maciça com vermeil no interior. Seus contemporâneos relatam o luxo dos aposentos da Freira: tudo que se toca é em prata, em talha dourada, móveis palacianos, santos de ouro maciço. Mas era um tipo de amor proibido, e por proibido Dom João V perseguiu com mãos de ferro os que intentaram aventurar-se nesses romances . Logo ele, o Freirático maior do reino, considerou-se isento de tais limitações. Manual Complementar Complementar de 1742 por corregedores de bairros, são presos oitenta e tantos, diz o Folheto de Lisboa, - entre eles pessoas de qualidade. 0 rei, em 1744, mandando chamar de Geral de Alcobaça e fazer uma reforma dos mosteiros de bernardas e relacionar todos os freiráticos que frequentam. E ordenou uma devassa que encheu cadeias de povoados de fidalgos, de bandalhos, de estudantes. D. João v, já paralítico, o barrete de Santo André Avelino enterrado na cabeça, com mãos descarnadas, o óculo de ouro encostado à órbita, lê voluptuosamente a relação dos presos, e rouqueja para frei Manuel do Sepulcro: - Cacem mais, cacem mais ... No dia 29 de Julho de 1750, tinha o rei 60 anos, quando o cardeal-patriarca administrou a extrema-unção a D.João V, com a presença de todos os seus filhos e da Rainha.Segundo descrição da época "finalmente chegou o termo de expirar sua Magestade e sem movimento estranho, mas com serenidade e suma quietação, acabou a vida no Mundo", as 7 horas da tarde do dia 31 de Julho.Imediatamente, após a família se ter retirado, segui-se o embalsamamento do cadáver real. As vísceras régias foram encerradas num vaso e enviadas para São Vicente de Fora, onde mais tarde o corpo viria a ser sepultado. No dia 3 de Agosto foi rezada pelo patriarca a missa de corpo presente. As cerimónias fúnebres foram magnificentes, decorrendo vários cerimoniais por todo o Reino, nomeadamente em Braga, governada pelo meio irmão de D.João, o arcebispo D.José, mas igualmente no Brasil e mesmo em algumas irmandades de cortes estrangeiras, sediadas em Portugal, o fizerem. Assim morreu o Rei Sol Português

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada