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Porcelana

Martinho da Silva Prado Júnior - FOI EM SUA ÉPOCA O MAIOR PRODUTOR DE CAFÉ DO MUNDO - BELO PRATO EM PORCELANA COM ABA RECORTADA REMATADA EM OURO. SUCEDIDA POR LARGO BARRADO EM AZUL ROYAL DELIMITADO COM A CALDEIRA POR FRISO E GUIRLANDA EM OURO. NA CALDEIRA MONOGRAMA ENTRELAÇADO MPJ. PERTENCEU AO SERVIÇO DE MARTINHO DA SILVA PRADO JUNIOR. EXEMPLARES DESSE SERVIÇO COMPÕE A COLEÇÃO DO MUSEU HISTÓRICO DE POÇOS DE CALDAS ONDE MARTINHO DA SILVA PRADO JUNIOR POSSUIA CASA DE VERANEIO. MARCAS DA MANUFATURA JULES ETTIENE. FRANÇA, SEC. XIX. 22 CM DE DIAMETRONOTA: Martinho Prado Junior, mais conhecido como Martinico Prado, nasceu na cidade de São Paulo, em 1843. Era filho de Martinho da Silva Prado e Veridiana Valéria da Silva Prado, a qual era sobrinha de seu marido - lembrando que casamentos de pessoas com laços de parentesco eram muito utilizados para aumentar os meios de acessibilidade e autoridade das famílias de maior importância das diversas regiões nacionais, como nesse caso da família Prado. Falando de uma maneira geral, ... os Prado alimentaram seus recursos confinados, em um grau significante, no casamento endógamo, e que muitos, talvez a maioria dos casamentos foram racionalmente arranjados, com as considerações políticas e econômicas sobrepondo-se ao amor romântico. Enquanto o casamento endógamo contribuiu para a continuidade, o casamento exógamo reestruturou a família extensiva. Seus avós paternos eram o Capitão da milícia de São Paulo, Eleutério da Silva Prado, e Anna Vicência da Silva Prado, e seus avós maternos eram o Capitão Antônio da Silva Prado, conhecido como Barão de Iguape, e sua esposa, Maria Cândida de Moura, Baronesa de Iguape. Na infância, Martinico dividiu a maior parte do seu tempo entre a fazenda de seu pai, conhecida como Campo Alto, em Mogi Mirim, e a grande chácara da Rua da Consolação, em São Paulo, onde existia um casarão no estilo colonial junto a uma igreja. Seu pai era nessa época um renomado latifundiário, lembrando que nem sempre foi assim, pois os Prado, igualmente a algumas famílias que tiveram seus patriarcas aqui chegados no século XVIII, construíram fortunas por meio de muito esforço. No caso particular dessa família, o responsável por esse enriquecimento foi o Barão de Iguape, o qual exerceu atividades como caixeiro viajante, comerciante de açúcar, coletor de impostos, chegando a participar como acionista no Banco do Brasil e na Santa Casa de Misericórdia. Em 1860, aos 17 anos de idade, Martinico ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Nesse ambiente, foi despertada a sua admiração por pensadores, como Martinho Lutero, e pelos "revolucionários" italianos do século XIX. Tais leituras, como ocorreu com muitos outros, ajudaram na formação de uma mentalidade, contribuíram para a construção de uma personalidade opositora ao sistema vigente, auxiliando na formação de um jovem ativista que não perdia oportunidades de expressar sua revolta e antipatia pelo sistema monárquico. Em 1865, fundou um jornal chamado "O Acadêmico", no qual fazia críticas ao governo monárquico, e partiu para a campanha brasileira na Guerra do Paraguai. Após o término da Guerra do Paraguai, Martinico voltou à Faculdade de Direito de São Paulo para terminar seu curso. Formou-se em 1866 e, já no ano seguinte, atuou como Promotor Público em São Paulo. Sua pretensão era confrontar seus pares na sociedade. Além de toda diferença que veremos no âmbito político e econômico, Martinico fazia-se diferente também em aspectos culturais, defrontando-se com sua família até mesmo em pequenos detalhes, demonstrando realmente sua insatisfação e oposição a toda realidade que o cercava, atitude essa que passou a ser relativamente comum entre os jovens em meados e final do século XIX e que pode ser explicada, ou mesmo justificada, pela forma como então era estruturada a familia. Em um período em que os matrimônios eram considerados eternos, seus pais, Martinho e Veridiana, passaram por uma separação; ele continuou a viver em sua fazenda no interior do estado e ela optou por uma vida urbana e tudo a que esta se propõe - passeios, festas, jantares -, mostrando assim a dualidade desta família, que ao mesmo tempo em que se intitulava conservadora, colocava em prática uma vida com atitudes completamente oposta ao seu discurso. Em 1868 Martinico casou-se com Albertina e passou a residir no interior do estado de São Paulo, cuidando das fazendas de seu pai, a Campo Alto e a Santa Cruz. O casal teve 12 filhos e, até mesmo na vida íntima, na criação das crianças, diferenciou-se do restante da família, pois sua liberdade e informalidade foram postas em prática. Os relatos da governanta contratada por Martinico para cuidar das crianças, a alemã Ina von Binzer, confirmam esses fatos. Os filhos tinham total liberdade no que diz respeito aos modos, como também na relação com os pais. Esses aspectos do cotidiano deste personagem demonstram que o comportamento e os costumes desta família eram totalmente distintos do que era imposto pela sociedade para a educação dos filhos na antiga São Paulo imperial, como relata Levi: Os Prado eram relativamente arrivistas entre a elite do século dezoito, e, nos últimos anos, podiam se permitir ver o orgulho quinhentista pelas origens heróicas com o mesmo estonteante cinismo que se tornou uma notável característica da família. A família Prado destacou-se na política por um autêntico conservadorismo, processo iniciado pelo Barão de Iguape e que foi seguido por seu neto mais velho, Antônio, embora outros integrantes da família, como Martinico, adotassem uma postura contrária ao sistema monárquico. O que deixa claro como os Prado diferenciavam-se dos modelos tradicionais de família no período, fugindo do modelo monolítico e patriarcal que era o comum e aceito socialmente. A primeira experiência política de Martinico Prado envolveu a ocupação do cargo de Procurador Distrital de São Paulo, em 1867. A permanência neste posto, porém, não durou muito tempo por conta do atrito entre republicanos e conservadores que estava extremamente presente na sociedade política naquele momento. Através dos acontecimentos decorrentes na vida de Martinico Prado, podem-se ressaltar as crises que afligiam esse período. Até a metade do século XIX o Brasil era o único país da América Latina que continuava adepto do sistema monárquico como forma de governo. Esse fato pode ser explicado pelo processo de independência, e, por conseguinte, pela unidade territorial justificada pelas elites políticas por meio desse sistema, anulando, assim, toda e qualquer tendência a poderes locais. Todos esses acontecimentos levaram à cisão de várias linhas políticas, como foi o caso do Partido Liberal, cujos dissidentes formam o Partido Liberal Radical, que exigia reformas, maior descentralização do poder e, consequentemente, a autonomia das províncias, a extinção do Poder Moderador e a abolição da escravidão. Na medida em que aumentavam as dificuldades na implantação de mudanças, os integrantes do Partido Liberal Radical se organizam na formação de um novo partido para afrontar o poder dos conservadores. Este foi o Partido Republicano, o qual, como já era esperado, entrou em constante conflito com o Partido Conservador, sendo que esse último lutava a favor do Imperador e da ordem estabelecida. Em meio a essa disputa, Martinico e seu irmão Antônio iniciaram um combate contra o mais forte líder do conservadorismo paulista, João Mendes de Almeida. A partir desse momento surgiram dois grupos conservadores, um liderado por Antônio Prado e outro liderado por João Mendes, fragmentando assim o poder conservador. Em 1873, na Convenção de Itu, os integrantes do Partido Republicano Nacional de São Paulo organizaram o PRP. Desinteressado pelo apoio familiar - que estava atrelado ao irmão, Antônio -, Martinico buscou nas redes de amigos e da parentela o apoio político que precisava. Encontrou em José Alves dos Santos (padrinho de Eduardo Prado, um de seus irmãos mais novos), um companheiro partidário. Em 1876 assumiu a cadeira de vereador em Araras. Os ideais políticos de Martinico acabaram por orientar seus projetos econômicos. Como um republicano fervoroso, acreditava na modernização e no progresso do país. Contudo, também defendia que isso só seria possível com a extinção da escravidão africana, pois para esses republicanos o modo de produção escravista era um dos principais fatores de atraso do país, tanto político como econômico*12. Como consequência desse ideal, juntamente com outros fazendeiros, idealizou o uso da mão de obra livre na região de São Paulo, participando de inúmeras ações associadas ao incentivo da imigração europeia. Quando comprou a fazenda Guatapará (em 1882), por exemplo, empregou trabalhadores assalariados vindos da Bahia para limpar o terreno e em suas lavouras. Logo depois passou a utilizar famílias europeias, especialmente italianas. Desde 1871 havia certo entusiasmo do governo com a vinda de trabalhadores europeus para o Brasil, com a chamada Associação Auxiliadora de Colonização e Imigração. Entre 1869 e 1888 Martinico precisou atuar em duas frentes: como político republicano e como proprietário de fazendas defensor do abolicionismo. Começou a tomar gosto pela vida no campo a partir de 1869, quando foi residir em uma das fazendas de seu pai, a Santa Cruz, na vila de Araras. Passou, então, a administrar também a fazenda Campo Alto, outra propriedade de seu pai. A consequência desse empenho na área agrícola foi um alto crescimento nas propriedades e das finanças da família. A partir dessa experiência é que Martinico sentir-se-á apto para a função de administrador e passará a exercer uma importante influência na região então chamada Oeste de São Paulo, marcada por intensa atividade cafeeira após o declínio do Vale do Paraíba, neste fim do século XIX. Após ter vindo para as fazendas de seu pai na região de Araras e Mogi Mirim, decidiu se empenhar no "descobrimento" do chamado Oeste Paulista e verificar a potencialidade da terra para a plantação de café. Em Ribeirão Preto adquiriu as posses que originariam a fazenda Albertina (nome escolhido em homenagem a sua esposa). Nos relatos que teceu sobre estas terras nas cartas mandadas para seu pai e seu irmão mais velho, Antônio, observa-se que Martinico descreve a região como sendo composta por terras promissoras de grande produtividade e que dariam muita fortuna. Poucos anos depois, o comércio cafeeiro aferia verdade às impressões de Matinico, posto que esta região passou a ser a mais importante do setor naquele momento. Não por acaso, o envolvimento dos Prado na agricultura acabou desenvolvendo outras áreas econômicas, ampliando assim os meios econômicos aos quais a família tinha acesso. Martinico também era sócio e proprietário de grandes casas de exportação, situadas, principalmente, perto do porto de Santos, sendo elas responsáveis pelo transporte, armazenamento e comercialização do café. Uma das mais conhecidas era a Companhia Prado e Chaves Exportadora, situada no Porto de Santos e cuja formação deu-se a partir de um relacionamento de parentesco entre as famílias Prado e Chaves. Com relação ao desenvolvimento de outras áreas ligadas ao café, não podemos esquecer a indústria, principalmente a industria têxtil, que está ligada a todo um processo de fabricação de sacos de tecido para guardar o café e conservá-lo por mais tempo. Por volta de 1877, Martinico Prado, juntamente com um de seus amigos, Jesuíno de Melo, alcançou o distrito de Casa Branca, passando por São Simão até chegar à então Vila de Ribeirão Preto. Foi, então, instigado pela curiosidade de conhecer a tão falada terra roxa, considerada muito produtiva. Constatando a grande fertilidade do solo e imaginando um futuro promissor, Martinico escreve uma carta a seu pai (Martinho Prado) e a seu irmão mais velho (Conselheiro Antônio Prado), expondo as qualidades da região. No livro de Maria Luiza Prado, fica bem explicitada a visão de um futuro promissor para Ribeirão Preto e região: O futuro se encarregou de provar que esse entusiasmo pela zona de Ribeirão Preto em 1877 não tinha sido exagerado. Em 1917, 40 anos mais tarde, mostram-nos as estatísticas que este era o município cafeeiro mais importante do Estado de São Paulo. Com 37 milhões de pés de café. Com essa visão empreendedora sobre a região Martinico resolveu comprar, neste mesmo ano de 1877, uma propriedade denominada Fazenda Albertina, nome dado em homenagem a sua esposa, Albertina de Morais Pinto. A fazenda era ocupada pelo cultivo do café, destinado ao consumo interno e, principalmente, à exportação. Nesta fazenda encontrava-se uma sede central, onde se estabeleciam os proprietários. Tratava-se de uma casa grande toda avarandada que ficava próxima ao centro do território da fazenda. Este modelo foi muito utilizado pelos fazendeiros, tornando-se típica de época, sendo na maioria das vezes localizada em um ponto estratégico e ter os quatro lados avarandados propiciava ao fazendeiro uma visão privilegiada de sua propriedade, podendo, assim, controlar e observar tudo sem sair de sua casa. Em um primeiro momento, entre os trabalhadores desta fazenda encontravam-se escravos, que foram trazidos no período áureo do comércio de cativos. Servindo-se dos casos ocorridos nas fazendas de seu pai, Martinico adotou um novo trato com os escravos, visando evitar revoltas, como as que haviam ocorrido em 1867. Afirmava que não se poderia extinguir de uma hora para outra a escravidão, mas também não poderia demorar muito o processo da vinda dos imigrantes europeus, pois essa pressa exacerbada fazia com que os dois trabalhadores, o escravo e o imigrante, trabalhassem concomitantemente em uma mesma lavoura. Segundo Marcovitch: Como se vê, já em 1869, algumas concessões eram indispensáveis para evitar as revoltas dos escravos. Martinico mostrava-se mais progressista do que o irmão, mas nem por isso deixava de ser pragmático. Em 1878, apoiou a lei que proibia o deslocamento de escravo entre as províncias, mas, em 1882, bateu-se pelo seu relaxamento, argumentando que a região de Ribeirão Preto não poderia desenvolver-se sem que os fazendeiros de Minas Gerais viessem com seus escravos. Em suma, a posição dos dois irmãos era "devagar com a abolição e depressa coma imigração". Como se sabe, durante vários anos os dois regimes conviveram. Em 1883, trabalhavam lado a lado em Santa Veridiana, Sessenta escravos de campo, cinqüenta escravos de "feitoria" e 49 famílias de imigrantes. Mesmo não sendo uma das maiores propriedades de Martinico Prado, a Fazenda Albertina conseguiu render-lhe. Acredita-se que foi com esses lucros que Martinico comprou em 1885 a Fazenda Guatapará. Essa fazenda consistia em seis mil alqueires e recebeu este nome devido ao Córrego chamado Guatapará que lhe corta as terras. Tal propriedade foi adquirida por uma quantia de aproximadamente 60 contos de reis e pertencera, até então, a João Franco de Moraes Otávio. Ainda em 1885, mais de 280 alqueires de mata desta fazenda foram derrubados para que fossem plantados 2.500 pés de café. Para fazer este serviço, preferiu contratar trabalhadores vindos da Bahia. Esses trabalhadores baianos foram utilizados apenas para a limpeza do terreno e para a preparação do solo, claro que esta última atividade sob a orientação de um agrônomo, sobre o qual falaremos mais adiante. No período situado entre 1883 e 1906, tal região se tornou a mais importante produtora de café do país. A Guatapará contribuiu muito para essa efervescência da produção cafeeira, sendo considerada uma das primeiras fazendas organizadas nos moldes empresariais. Por algum tempo ela foi administrada pelo próprio Martinico, que pouco depois passou a exercer seu poder indiretamente, pois passou a administração dessa propriedade a um amigo, o italiano Giusepe Sartori, que assumiu diretamente as finanças da fazenda. Em 1906, cogitava-se que era composta por seis mil alqueires de terra com dois milhões e cento e setenta mil pés de cafés plantados. Suas terras eram divididas da seguinte forma: dois mil seiscentos e oitenta e oito hectares eram destinados à plantação de café, sendo esta a maior prioridade; quatrocentos e oitenta hectares eram usados para o cultivo de cereais e quarenta e oito hectares eram aproveitados na plantação de cana de açúcar. Considerada uma das maiores fazendas do sudeste do país, a São Martinho já possuía uma grande produção cafeeira antes de ser adquirida pela família Prado. Mesmo tendo duas fazendas para administrar, a Albertina e Guatapará, Martinico Prado se interessou por essa propriedade, localizada no que é hoje a cidade de Sertãozinho, embora se mostrasse receoso quanto ao investimento. Não querendo se arriscar sozinho acabou adquirindo-a em sociedade com seu irmão, o Conselheiro Antônio Prado, e com seu pai, Martinho Prado. Seu pai entrou com 50%, enquanto coube a ele e seu irmão contribuir com 25% - cada - do investimento. O território da fazenda São Martinho era composto por cerca de 12 mil alqueires, possuindo, em média, 3,4 milhões de pés de café. Esta propriedade foi por pouco tempo administrada por Martinico Prado. Quem tomou a frente dos negócios por 40 anos foi o Conselheiro Antônio Prado, fazendo com que se tornasse uma das maiores propriedades que São Paulo já havia conhecido. Essa fazenda foi de grande importância para a formação da cidade de Pradópolis, pois, como na Guatapará, também, a miscigenação do brasileiro com o imigrante formou um sotaque diferente, costumes locais e certos valores que talvez só iremos encontrar nessa região e em outras com essas particularidades. Martinico Prado: Um Empresário agrícola no interior paulista - Ana Carolina Vendrusculo de Sousa

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Tipo: Porcelana

Martinho da Silva Prado Júnior - FOI EM SUA ÉPOCA O MAIOR PRODUTOR DE CAFÉ DO MUNDO - BELO PRATO EM PORCELANA COM ABA RECORTADA REMATADA EM OURO. SUCEDIDA POR LARGO BARRADO EM AZUL ROYAL DELIMITADO COM A CALDEIRA POR FRISO E GUIRLANDA EM OURO. NA CALDEIRA MONOGRAMA ENTRELAÇADO MPJ. PERTENCEU AO SERVIÇO DE MARTINHO DA SILVA PRADO JUNIOR. EXEMPLARES DESSE SERVIÇO COMPÕE A COLEÇÃO DO MUSEU HISTÓRICO DE POÇOS DE CALDAS ONDE MARTINHO DA SILVA PRADO JUNIOR POSSUIA CASA DE VERANEIO. MARCAS DA MANUFATURA JULES ETTIENE. FRANÇA, SEC. XIX. 22 CM DE DIAMETRONOTA: Martinho Prado Junior, mais conhecido como Martinico Prado, nasceu na cidade de São Paulo, em 1843. Era filho de Martinho da Silva Prado e Veridiana Valéria da Silva Prado, a qual era sobrinha de seu marido - lembrando que casamentos de pessoas com laços de parentesco eram muito utilizados para aumentar os meios de acessibilidade e autoridade das famílias de maior importância das diversas regiões nacionais, como nesse caso da família Prado. Falando de uma maneira geral, ... os Prado alimentaram seus recursos confinados, em um grau significante, no casamento endógamo, e que muitos, talvez a maioria dos casamentos foram racionalmente arranjados, com as considerações políticas e econômicas sobrepondo-se ao amor romântico. Enquanto o casamento endógamo contribuiu para a continuidade, o casamento exógamo reestruturou a família extensiva. Seus avós paternos eram o Capitão da milícia de São Paulo, Eleutério da Silva Prado, e Anna Vicência da Silva Prado, e seus avós maternos eram o Capitão Antônio da Silva Prado, conhecido como Barão de Iguape, e sua esposa, Maria Cândida de Moura, Baronesa de Iguape. Na infância, Martinico dividiu a maior parte do seu tempo entre a fazenda de seu pai, conhecida como Campo Alto, em Mogi Mirim, e a grande chácara da Rua da Consolação, em São Paulo, onde existia um casarão no estilo colonial junto a uma igreja. Seu pai era nessa época um renomado latifundiário, lembrando que nem sempre foi assim, pois os Prado, igualmente a algumas famílias que tiveram seus patriarcas aqui chegados no século XVIII, construíram fortunas por meio de muito esforço. No caso particular dessa família, o responsável por esse enriquecimento foi o Barão de Iguape, o qual exerceu atividades como caixeiro viajante, comerciante de açúcar, coletor de impostos, chegando a participar como acionista no Banco do Brasil e na Santa Casa de Misericórdia. Em 1860, aos 17 anos de idade, Martinico ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Nesse ambiente, foi despertada a sua admiração por pensadores, como Martinho Lutero, e pelos "revolucionários" italianos do século XIX. Tais leituras, como ocorreu com muitos outros, ajudaram na formação de uma mentalidade, contribuíram para a construção de uma personalidade opositora ao sistema vigente, auxiliando na formação de um jovem ativista que não perdia oportunidades de expressar sua revolta e antipatia pelo sistema monárquico. Em 1865, fundou um jornal chamado "O Acadêmico", no qual fazia críticas ao governo monárquico, e partiu para a campanha brasileira na Guerra do Paraguai. Após o término da Guerra do Paraguai, Martinico voltou à Faculdade de Direito de São Paulo para terminar seu curso. Formou-se em 1866 e, já no ano seguinte, atuou como Promotor Público em São Paulo. Sua pretensão era confrontar seus pares na sociedade. Além de toda diferença que veremos no âmbito político e econômico, Martinico fazia-se diferente também em aspectos culturais, defrontando-se com sua família até mesmo em pequenos detalhes, demonstrando realmente sua insatisfação e oposição a toda realidade que o cercava, atitude essa que passou a ser relativamente comum entre os jovens em meados e final do século XIX e que pode ser explicada, ou mesmo justificada, pela forma como então era estruturada a familia. Em um período em que os matrimônios eram considerados eternos, seus pais, Martinho e Veridiana, passaram por uma separação; ele continuou a viver em sua fazenda no interior do estado e ela optou por uma vida urbana e tudo a que esta se propõe - passeios, festas, jantares -, mostrando assim a dualidade desta família, que ao mesmo tempo em que se intitulava conservadora, colocava em prática uma vida com atitudes completamente oposta ao seu discurso. Em 1868 Martinico casou-se com Albertina e passou a residir no interior do estado de São Paulo, cuidando das fazendas de seu pai, a Campo Alto e a Santa Cruz. O casal teve 12 filhos e, até mesmo na vida íntima, na criação das crianças, diferenciou-se do restante da família, pois sua liberdade e informalidade foram postas em prática. Os relatos da governanta contratada por Martinico para cuidar das crianças, a alemã Ina von Binzer, confirmam esses fatos. Os filhos tinham total liberdade no que diz respeito aos modos, como também na relação com os pais. Esses aspectos do cotidiano deste personagem demonstram que o comportamento e os costumes desta família eram totalmente distintos do que era imposto pela sociedade para a educação dos filhos na antiga São Paulo imperial, como relata Levi: Os Prado eram relativamente arrivistas entre a elite do século dezoito, e, nos últimos anos, podiam se permitir ver o orgulho quinhentista pelas origens heróicas com o mesmo estonteante cinismo que se tornou uma notável característica da família. A família Prado destacou-se na política por um autêntico conservadorismo, processo iniciado pelo Barão de Iguape e que foi seguido por seu neto mais velho, Antônio, embora outros integrantes da família, como Martinico, adotassem uma postura contrária ao sistema monárquico. O que deixa claro como os Prado diferenciavam-se dos modelos tradicionais de família no período, fugindo do modelo monolítico e patriarcal que era o comum e aceito socialmente. A primeira experiência política de Martinico Prado envolveu a ocupação do cargo de Procurador Distrital de São Paulo, em 1867. A permanência neste posto, porém, não durou muito tempo por conta do atrito entre republicanos e conservadores que estava extremamente presente na sociedade política naquele momento. Através dos acontecimentos decorrentes na vida de Martinico Prado, podem-se ressaltar as crises que afligiam esse período. Até a metade do século XIX o Brasil era o único país da América Latina que continuava adepto do sistema monárquico como forma de governo. Esse fato pode ser explicado pelo processo de independência, e, por conseguinte, pela unidade territorial justificada pelas elites políticas por meio desse sistema, anulando, assim, toda e qualquer tendência a poderes locais. Todos esses acontecimentos levaram à cisão de várias linhas políticas, como foi o caso do Partido Liberal, cujos dissidentes formam o Partido Liberal Radical, que exigia reformas, maior descentralização do poder e, consequentemente, a autonomia das províncias, a extinção do Poder Moderador e a abolição da escravidão. Na medida em que aumentavam as dificuldades na implantação de mudanças, os integrantes do Partido Liberal Radical se organizam na formação de um novo partido para afrontar o poder dos conservadores. Este foi o Partido Republicano, o qual, como já era esperado, entrou em constante conflito com o Partido Conservador, sendo que esse último lutava a favor do Imperador e da ordem estabelecida. Em meio a essa disputa, Martinico e seu irmão Antônio iniciaram um combate contra o mais forte líder do conservadorismo paulista, João Mendes de Almeida. A partir desse momento surgiram dois grupos conservadores, um liderado por Antônio Prado e outro liderado por João Mendes, fragmentando assim o poder conservador. Em 1873, na Convenção de Itu, os integrantes do Partido Republicano Nacional de São Paulo organizaram o PRP. Desinteressado pelo apoio familiar - que estava atrelado ao irmão, Antônio -, Martinico buscou nas redes de amigos e da parentela o apoio político que precisava. Encontrou em José Alves dos Santos (padrinho de Eduardo Prado, um de seus irmãos mais novos), um companheiro partidário. Em 1876 assumiu a cadeira de vereador em Araras. Os ideais políticos de Martinico acabaram por orientar seus projetos econômicos. Como um republicano fervoroso, acreditava na modernização e no progresso do país. Contudo, também defendia que isso só seria possível com a extinção da escravidão africana, pois para esses republicanos o modo de produção escravista era um dos principais fatores de atraso do país, tanto político como econômico*12. Como consequência desse ideal, juntamente com outros fazendeiros, idealizou o uso da mão de obra livre na região de São Paulo, participando de inúmeras ações associadas ao incentivo da imigração europeia. Quando comprou a fazenda Guatapará (em 1882), por exemplo, empregou trabalhadores assalariados vindos da Bahia para limpar o terreno e em suas lavouras. Logo depois passou a utilizar famílias europeias, especialmente italianas. Desde 1871 havia certo entusiasmo do governo com a vinda de trabalhadores europeus para o Brasil, com a chamada Associação Auxiliadora de Colonização e Imigração. Entre 1869 e 1888 Martinico precisou atuar em duas frentes: como político republicano e como proprietário de fazendas defensor do abolicionismo. Começou a tomar gosto pela vida no campo a partir de 1869, quando foi residir em uma das fazendas de seu pai, a Santa Cruz, na vila de Araras. Passou, então, a administrar também a fazenda Campo Alto, outra propriedade de seu pai. A consequência desse empenho na área agrícola foi um alto crescimento nas propriedades e das finanças da família. A partir dessa experiência é que Martinico sentir-se-á apto para a função de administrador e passará a exercer uma importante influência na região então chamada Oeste de São Paulo, marcada por intensa atividade cafeeira após o declínio do Vale do Paraíba, neste fim do século XIX. Após ter vindo para as fazendas de seu pai na região de Araras e Mogi Mirim, decidiu se empenhar no "descobrimento" do chamado Oeste Paulista e verificar a potencialidade da terra para a plantação de café. Em Ribeirão Preto adquiriu as posses que originariam a fazenda Albertina (nome escolhido em homenagem a sua esposa). Nos relatos que teceu sobre estas terras nas cartas mandadas para seu pai e seu irmão mais velho, Antônio, observa-se que Martinico descreve a região como sendo composta por terras promissoras de grande produtividade e que dariam muita fortuna. Poucos anos depois, o comércio cafeeiro aferia verdade às impressões de Matinico, posto que esta região passou a ser a mais importante do setor naquele momento. Não por acaso, o envolvimento dos Prado na agricultura acabou desenvolvendo outras áreas econômicas, ampliando assim os meios econômicos aos quais a família tinha acesso. Martinico também era sócio e proprietário de grandes casas de exportação, situadas, principalmente, perto do porto de Santos, sendo elas responsáveis pelo transporte, armazenamento e comercialização do café. Uma das mais conhecidas era a Companhia Prado e Chaves Exportadora, situada no Porto de Santos e cuja formação deu-se a partir de um relacionamento de parentesco entre as famílias Prado e Chaves. Com relação ao desenvolvimento de outras áreas ligadas ao café, não podemos esquecer a indústria, principalmente a industria têxtil, que está ligada a todo um processo de fabricação de sacos de tecido para guardar o café e conservá-lo por mais tempo. Por volta de 1877, Martinico Prado, juntamente com um de seus amigos, Jesuíno de Melo, alcançou o distrito de Casa Branca, passando por São Simão até chegar à então Vila de Ribeirão Preto. Foi, então, instigado pela curiosidade de conhecer a tão falada terra roxa, considerada muito produtiva. Constatando a grande fertilidade do solo e imaginando um futuro promissor, Martinico escreve uma carta a seu pai (Martinho Prado) e a seu irmão mais velho (Conselheiro Antônio Prado), expondo as qualidades da região. No livro de Maria Luiza Prado, fica bem explicitada a visão de um futuro promissor para Ribeirão Preto e região: O futuro se encarregou de provar que esse entusiasmo pela zona de Ribeirão Preto em 1877 não tinha sido exagerado. Em 1917, 40 anos mais tarde, mostram-nos as estatísticas que este era o município cafeeiro mais importante do Estado de São Paulo. Com 37 milhões de pés de café. Com essa visão empreendedora sobre a região Martinico resolveu comprar, neste mesmo ano de 1877, uma propriedade denominada Fazenda Albertina, nome dado em homenagem a sua esposa, Albertina de Morais Pinto. A fazenda era ocupada pelo cultivo do café, destinado ao consumo interno e, principalmente, à exportação. Nesta fazenda encontrava-se uma sede central, onde se estabeleciam os proprietários. Tratava-se de uma casa grande toda avarandada que ficava próxima ao centro do território da fazenda. Este modelo foi muito utilizado pelos fazendeiros, tornando-se típica de época, sendo na maioria das vezes localizada em um ponto estratégico e ter os quatro lados avarandados propiciava ao fazendeiro uma visão privilegiada de sua propriedade, podendo, assim, controlar e observar tudo sem sair de sua casa. Em um primeiro momento, entre os trabalhadores desta fazenda encontravam-se escravos, que foram trazidos no período áureo do comércio de cativos. Servindo-se dos casos ocorridos nas fazendas de seu pai, Martinico adotou um novo trato com os escravos, visando evitar revoltas, como as que haviam ocorrido em 1867. Afirmava que não se poderia extinguir de uma hora para outra a escravidão, mas também não poderia demorar muito o processo da vinda dos imigrantes europeus, pois essa pressa exacerbada fazia com que os dois trabalhadores, o escravo e o imigrante, trabalhassem concomitantemente em uma mesma lavoura. Segundo Marcovitch: Como se vê, já em 1869, algumas concessões eram indispensáveis para evitar as revoltas dos escravos. Martinico mostrava-se mais progressista do que o irmão, mas nem por isso deixava de ser pragmático. Em 1878, apoiou a lei que proibia o deslocamento de escravo entre as províncias, mas, em 1882, bateu-se pelo seu relaxamento, argumentando que a região de Ribeirão Preto não poderia desenvolver-se sem que os fazendeiros de Minas Gerais viessem com seus escravos. Em suma, a posição dos dois irmãos era "devagar com a abolição e depressa coma imigração". Como se sabe, durante vários anos os dois regimes conviveram. Em 1883, trabalhavam lado a lado em Santa Veridiana, Sessenta escravos de campo, cinqüenta escravos de "feitoria" e 49 famílias de imigrantes. Mesmo não sendo uma das maiores propriedades de Martinico Prado, a Fazenda Albertina conseguiu render-lhe. Acredita-se que foi com esses lucros que Martinico comprou em 1885 a Fazenda Guatapará. Essa fazenda consistia em seis mil alqueires e recebeu este nome devido ao Córrego chamado Guatapará que lhe corta as terras. Tal propriedade foi adquirida por uma quantia de aproximadamente 60 contos de reis e pertencera, até então, a João Franco de Moraes Otávio. Ainda em 1885, mais de 280 alqueires de mata desta fazenda foram derrubados para que fossem plantados 2.500 pés de café. Para fazer este serviço, preferiu contratar trabalhadores vindos da Bahia. Esses trabalhadores baianos foram utilizados apenas para a limpeza do terreno e para a preparação do solo, claro que esta última atividade sob a orientação de um agrônomo, sobre o qual falaremos mais adiante. No período situado entre 1883 e 1906, tal região se tornou a mais importante produtora de café do país. A Guatapará contribuiu muito para essa efervescência da produção cafeeira, sendo considerada uma das primeiras fazendas organizadas nos moldes empresariais. Por algum tempo ela foi administrada pelo próprio Martinico, que pouco depois passou a exercer seu poder indiretamente, pois passou a administração dessa propriedade a um amigo, o italiano Giusepe Sartori, que assumiu diretamente as finanças da fazenda. Em 1906, cogitava-se que era composta por seis mil alqueires de terra com dois milhões e cento e setenta mil pés de cafés plantados. Suas terras eram divididas da seguinte forma: dois mil seiscentos e oitenta e oito hectares eram destinados à plantação de café, sendo esta a maior prioridade; quatrocentos e oitenta hectares eram usados para o cultivo de cereais e quarenta e oito hectares eram aproveitados na plantação de cana de açúcar. Considerada uma das maiores fazendas do sudeste do país, a São Martinho já possuía uma grande produção cafeeira antes de ser adquirida pela família Prado. Mesmo tendo duas fazendas para administrar, a Albertina e Guatapará, Martinico Prado se interessou por essa propriedade, localizada no que é hoje a cidade de Sertãozinho, embora se mostrasse receoso quanto ao investimento. Não querendo se arriscar sozinho acabou adquirindo-a em sociedade com seu irmão, o Conselheiro Antônio Prado, e com seu pai, Martinho Prado. Seu pai entrou com 50%, enquanto coube a ele e seu irmão contribuir com 25% - cada - do investimento. O território da fazenda São Martinho era composto por cerca de 12 mil alqueires, possuindo, em média, 3,4 milhões de pés de café. Esta propriedade foi por pouco tempo administrada por Martinico Prado. Quem tomou a frente dos negócios por 40 anos foi o Conselheiro Antônio Prado, fazendo com que se tornasse uma das maiores propriedades que São Paulo já havia conhecido. Essa fazenda foi de grande importância para a formação da cidade de Pradópolis, pois, como na Guatapará, também, a miscigenação do brasileiro com o imigrante formou um sotaque diferente, costumes locais e certos valores que talvez só iremos encontrar nessa região e em outras com essas particularidades. Martinico Prado: Um Empresário agrícola no interior paulista - Ana Carolina Vendrusculo de Sousa

Informações

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    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada