Lote 109
Carregando...

Tipo:
Quadros

HEITOR DOS PRAZERES LATAS DAGUA OST. ASSINADO PELO ARTISTA. BELA COMPOSIÇÃO DO CANTOR E PINTOR DAS FAVELAS CARIOCAS QUE RETRATOU COMO NINGUÊM A VIDA NO SUBÚRBIO DO RIO DE JANEIRO MAS TAMBÉM A BOÊMIA. A OBRA RETRATA MORROS E UM SUBÚRBIO CARIOCA. AO LARGO DE UMA FONTE MUITAS MULHERES COM LATAS DAGUA EM CONVERSA ENQUANTO ENCHEM OS VOLUMES PARA ABASTECER SUAS RESIDÊNCIAS. INTERESSANTE A FORMA COMO ESSA OBRA É ASSINADA NO CENTRO DA TELA, UM POSTE COM UMA TABULETA QUE DETEM A INSCRIÇÃO RUA HEITOR DOS PRAZERES. BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XX. 62 X 52 CM.NOTA: Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1898 - idem 1966). Compositor e pintor. Filho de um marceneiro e clarinetista da banda da Guarda Nacional e de uma costureira, fica órfão de pai aos 7 anos. Sobrinho do pioneiro dos ranchos cariocas, Hilário Jovino Ferreira, ganha do tio seu primeiro cavaquinho. Aos 12 anos, trabalha como engraxate, jornaleiro e lustrador, vive constantemente em companhia do tio Hilário e frequenta a casa das tias baianas (Tia Ciata e Tia Esther), onde tem contato com músicos como Donga (1890-1974), João da Baiana (1887-1974), Sinhô (1888-1930), Caninha, Getúlio Marinho "Amor", Pixinguinha (1897-1973), Paulo da Portela (1901-1949) entre outros. Apesar dos trabalhos informais, o jovem Heitor é preso aos 13, por vadiagem, e passa algumas semanas na colônia correcional de Ilha Grande. Aos 20, é conhecido como Mano Heitor do Cavaco e depois Mano Heitor do Estácio, sendo "Mano" uma denominação comum entre os sambistas. Quanto ao "Estácio", é uma referência aos companheiros que conhece no local: Ismael Silva (1905-1978), Bide (Alcebíades Barcelos), Nilton Bastos e Marçal. Com boa circulação entre os sambistas, firma relações com compositores da Mangueira, principalmente Cartola (1908-1980), e de Oswaldo Cruz, principalmente Paulo da Portela. Por meio dessas relações, Heitor dos Prazeres compõe sambas em parceria e participa do início dos trabalhos e da fundação de escolas de samba, que se tornam importantes referências: Mangueira, Portela e Deixar Falar (futura Estácio de Sá). Em 1927 vence, com A Tristeza Me Persegue, um concurso de samba organizado por José Espinguela. No mesmo ano envolve-se em polêmica com o compositor Sinhô, acusando-o de ter "roubado" partes de seus sambas Ora Vejam Só (1927) e Gosto que Me Enrosco (gravada como Cassino Maxixe, em 1927, por Francisco Alves (1898-1952)). Consegue indenização e reconhecimento público da parceria. Os sambas Vai Mesmo e Deixaste Meu Lar, parceria com Francisco Alves, são gravados por Mário Reis (1907-1981), em 1929. Ainda em 1929, Alves registra És Feliz, e, em 1931, Riso Fingido. Entre gravações e polêmicas, Prazeres inicia um catálogo que reúne cerca de 300 composições. Cria, em 1930, um coro feminino como acompanhamento, Heitor dos Prazeres e Sua Gente, com o qual excursiona e se apresenta no Uruguai. Atua nas Rádios Cosmos e Cruzeiro do Sul, em que apresenta o programa A Voz do Morro, com Cartola e Paulo da Portela. Orestes Barbosa (1893-1966) grava seu samba Nega, Meu Bem, em 1931. Prazeres forma o Grupo Carioca e torna-se ritmista da Rádio Nacional e do Cassino da Urca. Entre suas principais composições estão Cantar para Não Chorar, com Paulo Portela, lançada por Carlos Galhardo em 1938. Por volta de 1937 fica viúvo e passa a dedicar-se também à pintura. Retratava a vida e a cultura das favelas cariocas, pintava mulatas, rodas de samba, crianças brincando de soltar balão e pipas, a vida boêmia nas ruas da Lapa, as primeiras casas nos morros, as festas de rua etc. Alcançou em 1951 o terceiro lugar para artistas nacionais na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, com o quadro Moenda. Ganha uma sala especial na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Cria ainda cenários e figurinos para o Balé do IV Centenário da Cidade de São Paulo, e, em 1965, Antônio Carlos Fontoura produz um documentário sobre sua obra. Em 1999, é realizada mostra retrospectiva no Espaço BNDES e no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), em comemoração do centenário de seu nascimento. A vida de Heitor dos Prazeres transcorre em época de grandes definições para a cultura brasileira em geral. Em um extremo a abolição da escravatura, em 1888, é um marco de liberdade potencial, e no outro a ascensão da ditadura militar de 1964 é um duro golpe para a liberdade prometida. Entre esses extremos o Brasil passa por momentos decisivos, construindo o imaginário de país livre, que busca afirmar sua identidade como povo moderno e criar as formas culturais que nascem desse novo imaginário. A primeira metade do século XX, importante para a nação, é também agitada no cenário internacional, que assiste às duas guerras mundiais (BIBLIOTECA ITAU CULTURAL)

Peça

Visitas: 921

Tipo: Quadros

HEITOR DOS PRAZERES LATAS DAGUA OST. ASSINADO PELO ARTISTA. BELA COMPOSIÇÃO DO CANTOR E PINTOR DAS FAVELAS CARIOCAS QUE RETRATOU COMO NINGUÊM A VIDA NO SUBÚRBIO DO RIO DE JANEIRO MAS TAMBÉM A BOÊMIA. A OBRA RETRATA MORROS E UM SUBÚRBIO CARIOCA. AO LARGO DE UMA FONTE MUITAS MULHERES COM LATAS DAGUA EM CONVERSA ENQUANTO ENCHEM OS VOLUMES PARA ABASTECER SUAS RESIDÊNCIAS. INTERESSANTE A FORMA COMO ESSA OBRA É ASSINADA NO CENTRO DA TELA, UM POSTE COM UMA TABULETA QUE DETEM A INSCRIÇÃO RUA HEITOR DOS PRAZERES. BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XX. 62 X 52 CM.NOTA: Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1898 - idem 1966). Compositor e pintor. Filho de um marceneiro e clarinetista da banda da Guarda Nacional e de uma costureira, fica órfão de pai aos 7 anos. Sobrinho do pioneiro dos ranchos cariocas, Hilário Jovino Ferreira, ganha do tio seu primeiro cavaquinho. Aos 12 anos, trabalha como engraxate, jornaleiro e lustrador, vive constantemente em companhia do tio Hilário e frequenta a casa das tias baianas (Tia Ciata e Tia Esther), onde tem contato com músicos como Donga (1890-1974), João da Baiana (1887-1974), Sinhô (1888-1930), Caninha, Getúlio Marinho "Amor", Pixinguinha (1897-1973), Paulo da Portela (1901-1949) entre outros. Apesar dos trabalhos informais, o jovem Heitor é preso aos 13, por vadiagem, e passa algumas semanas na colônia correcional de Ilha Grande. Aos 20, é conhecido como Mano Heitor do Cavaco e depois Mano Heitor do Estácio, sendo "Mano" uma denominação comum entre os sambistas. Quanto ao "Estácio", é uma referência aos companheiros que conhece no local: Ismael Silva (1905-1978), Bide (Alcebíades Barcelos), Nilton Bastos e Marçal. Com boa circulação entre os sambistas, firma relações com compositores da Mangueira, principalmente Cartola (1908-1980), e de Oswaldo Cruz, principalmente Paulo da Portela. Por meio dessas relações, Heitor dos Prazeres compõe sambas em parceria e participa do início dos trabalhos e da fundação de escolas de samba, que se tornam importantes referências: Mangueira, Portela e Deixar Falar (futura Estácio de Sá). Em 1927 vence, com A Tristeza Me Persegue, um concurso de samba organizado por José Espinguela. No mesmo ano envolve-se em polêmica com o compositor Sinhô, acusando-o de ter "roubado" partes de seus sambas Ora Vejam Só (1927) e Gosto que Me Enrosco (gravada como Cassino Maxixe, em 1927, por Francisco Alves (1898-1952)). Consegue indenização e reconhecimento público da parceria. Os sambas Vai Mesmo e Deixaste Meu Lar, parceria com Francisco Alves, são gravados por Mário Reis (1907-1981), em 1929. Ainda em 1929, Alves registra És Feliz, e, em 1931, Riso Fingido. Entre gravações e polêmicas, Prazeres inicia um catálogo que reúne cerca de 300 composições. Cria, em 1930, um coro feminino como acompanhamento, Heitor dos Prazeres e Sua Gente, com o qual excursiona e se apresenta no Uruguai. Atua nas Rádios Cosmos e Cruzeiro do Sul, em que apresenta o programa A Voz do Morro, com Cartola e Paulo da Portela. Orestes Barbosa (1893-1966) grava seu samba Nega, Meu Bem, em 1931. Prazeres forma o Grupo Carioca e torna-se ritmista da Rádio Nacional e do Cassino da Urca. Entre suas principais composições estão Cantar para Não Chorar, com Paulo Portela, lançada por Carlos Galhardo em 1938. Por volta de 1937 fica viúvo e passa a dedicar-se também à pintura. Retratava a vida e a cultura das favelas cariocas, pintava mulatas, rodas de samba, crianças brincando de soltar balão e pipas, a vida boêmia nas ruas da Lapa, as primeiras casas nos morros, as festas de rua etc. Alcançou em 1951 o terceiro lugar para artistas nacionais na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, com o quadro Moenda. Ganha uma sala especial na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Cria ainda cenários e figurinos para o Balé do IV Centenário da Cidade de São Paulo, e, em 1965, Antônio Carlos Fontoura produz um documentário sobre sua obra. Em 1999, é realizada mostra retrospectiva no Espaço BNDES e no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), em comemoração do centenário de seu nascimento. A vida de Heitor dos Prazeres transcorre em época de grandes definições para a cultura brasileira em geral. Em um extremo a abolição da escravatura, em 1888, é um marco de liberdade potencial, e no outro a ascensão da ditadura militar de 1964 é um duro golpe para a liberdade prometida. Entre esses extremos o Brasil passa por momentos decisivos, construindo o imaginário de país livre, que busca afirmar sua identidade como povo moderno e criar as formas culturais que nascem desse novo imaginário. A primeira metade do século XX, importante para a nação, é também agitada no cenário internacional, que assiste às duas guerras mundiais (BIBLIOTECA ITAU CULTURAL)

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada