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Prata de Lei

ANTONI STRADIVARI faleceu em 18 de dezembro de 1737 aos 93 anos. Durante 70 anos de atividade STRADIVARI fabricou cerca de 1100 violinos dos quais, pouco mais de 500 chegaram aos nossos dias. Os violinos fabricados por ele são conhecidos como STRADIVARIUS, versão latinizada do nome STRADIVARI. Em 1775, anos após a morte do legendário Luthier os herdeiros se desfizeram de um violino que estava esquecido no atelier porque nunca havia sido vendido. O comprador foi o Conde Cozio de Salabue. O Conde formulou a hipótese de que Stradivari não vendeu o violino porque este havia sido sua criação mais perfeita e feliz com a aquisição do instrumento o levou consigo para seu castelo. Luigi Tarisio, era um filho de camponês que vivia da venda de instrumentos antigos que garimpava em antigos monastérios e em residências senhoriais do interior da Itália. Quando soube da história do violino adquirido pelo Conde Cozio de Salabue, Tarizio o procurou e tentou compra-lo sem sucesso. Por anos ele insistiu na tentativa de compra até que décadas mais tarde, em 1827, o Conde finalmente cedeu-lhe o instrumento. Tarisio encantou-se de tal modo com o Violino que nunca o vendeu. Conta-se que ele acorrentou ao pé de sua cama de ferro uma caixa contendo o instrumento e lá o manteve até o dia de sua morte. O violino tornou-se tamanha obsessão de Tarisio que era o seu tópico de discussão preferido. O antiquário Tarisio não cessava em gabar a natureza divina de seu Stradivarius e despertou em um de seus clientes, o luthier francês Jean-Baptiste Vuillaume, grande interesse pelo instrumento. Como se pode imaginar o interesse foi debalde porque Tarisio nunca sequer o mostrou, o que levou o solista Delphim Alard, genro de Vuillaume a declarar: Seu violino é como O Messias dos Judeus, sempre ansiosamente aguardado mas nunca chega. A partir daí este violino foi batizado com o nome de Messias. Anos mais tarde quando foi informado da morte de Tarisio em 1854 o luthier francês Jean-Baptiste Vuillaume foi a Itália e conseguiu comprar o violino tão cobiçado dos herdeiros. Vuillaume guardou o 'Messias' com cobiça, mantendo-o em uma caixa de vidro e não permitindo a ninguém examina-lo, no entanto, ele permitiu que ele fosse mostrado na Exposição de Instrumentos de 1872 no Museu South Kensington, e esta foi a sua primeira aparição na Inglaterra. Vuillaume o manteve até sua morte. Daí surgiu uma outra lenda sobre o Messias, o encantamento que traz aos homens é tão grande que só a morte do proprietário antigo traria ao instrumento um novo proprietário. Depois da morte de Vuillaume em 1875, o violino tornou-se propriedade de suas duas filhas e depois de seu genro, o violinista Alard. Depois da morte de Alard em 1888, seus herdeiros venderam o "Messias" em 1890 para WE Hill and Sons em nome de um sr. Crawford de Edimburgo por 2.600 libras esterlinas, naquela época a maior soma já paga por um violino ". Após a morte do último proprietário o instrumento foi doado ao Ahshmolean Museum em Oxford no ano de 1936 com a condição de que este fosse mantido como um violino silencioso, sem ser tocado por ninguém para permitir sua preservação como instrumento intacto e intocado há trezentos anos. E assim permanece. Essa história ilustra o poder do colecionador capaz de transmutar o objeto sob sua posse construindo-lhe uma verdadeira identidade e personificação. Os colecionadores de uma maneira geral tem o ímpeto de atribuir aos objetos de seu acervo a mítica de inigualáveis. Os nossos são sempre os melhores, os mais bonitos, os mais raros (quando não os únicos). Sob os filtros dos olhos do colecionador, basta mostrar algum objeto similar ao da coleção para ouvir a sentença: É bonito mas o meu.... A casa de um colecionador é um templo, não é como pode parecer um ajuntamento de objetos é antes um repositório de saberes e de histórias de conquista das aquisições. Desta forma a DARGENT LEILÕES respeitosamente tem a honra de apresentar o terceiro leilão da temporada 2018: COLEÇÃO DA FAMÍLIA LEUENROTH. O acervo é variado, vasto e expressivo mas acima de tudo é a coleção amealhada em uma vida por um casal cúmplice nas artes do colecionismo. Há peças de família, herdadas inclusive por um tronco que remonta ao Visconde de Rio Claro e ao Barão de Jaguarão, mas a maior parte é fruto da garimpagem meticulosa e criteriosa do casal. Iniciamos assim com o lote que segue: GRANDE CAIXA EM PRATA DE LEI COM CONSTRASTES PARA CIDADE DE LONDRES E LETRA DATA 1898, DECORADA EM RELEVO COM CENAS DE TABERNA NA TAMPA E NAS LATERAIS ROCAILLE. BELO TRABALHO! INGLATERRA, SEC. XIX. 13 X 3 X 7,5 CM. 356 G.

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Tipo: Prata de Lei

ANTONI STRADIVARI faleceu em 18 de dezembro de 1737 aos 93 anos. Durante 70 anos de atividade STRADIVARI fabricou cerca de 1100 violinos dos quais, pouco mais de 500 chegaram aos nossos dias. Os violinos fabricados por ele são conhecidos como STRADIVARIUS, versão latinizada do nome STRADIVARI. Em 1775, anos após a morte do legendário Luthier os herdeiros se desfizeram de um violino que estava esquecido no atelier porque nunca havia sido vendido. O comprador foi o Conde Cozio de Salabue. O Conde formulou a hipótese de que Stradivari não vendeu o violino porque este havia sido sua criação mais perfeita e feliz com a aquisição do instrumento o levou consigo para seu castelo. Luigi Tarisio, era um filho de camponês que vivia da venda de instrumentos antigos que garimpava em antigos monastérios e em residências senhoriais do interior da Itália. Quando soube da história do violino adquirido pelo Conde Cozio de Salabue, Tarizio o procurou e tentou compra-lo sem sucesso. Por anos ele insistiu na tentativa de compra até que décadas mais tarde, em 1827, o Conde finalmente cedeu-lhe o instrumento. Tarisio encantou-se de tal modo com o Violino que nunca o vendeu. Conta-se que ele acorrentou ao pé de sua cama de ferro uma caixa contendo o instrumento e lá o manteve até o dia de sua morte. O violino tornou-se tamanha obsessão de Tarisio que era o seu tópico de discussão preferido. O antiquário Tarisio não cessava em gabar a natureza divina de seu Stradivarius e despertou em um de seus clientes, o luthier francês Jean-Baptiste Vuillaume, grande interesse pelo instrumento. Como se pode imaginar o interesse foi debalde porque Tarisio nunca sequer o mostrou, o que levou o solista Delphim Alard, genro de Vuillaume a declarar: Seu violino é como O Messias dos Judeus, sempre ansiosamente aguardado mas nunca chega. A partir daí este violino foi batizado com o nome de Messias. Anos mais tarde quando foi informado da morte de Tarisio em 1854 o luthier francês Jean-Baptiste Vuillaume foi a Itália e conseguiu comprar o violino tão cobiçado dos herdeiros. Vuillaume guardou o 'Messias' com cobiça, mantendo-o em uma caixa de vidro e não permitindo a ninguém examina-lo, no entanto, ele permitiu que ele fosse mostrado na Exposição de Instrumentos de 1872 no Museu South Kensington, e esta foi a sua primeira aparição na Inglaterra. Vuillaume o manteve até sua morte. Daí surgiu uma outra lenda sobre o Messias, o encantamento que traz aos homens é tão grande que só a morte do proprietário antigo traria ao instrumento um novo proprietário. Depois da morte de Vuillaume em 1875, o violino tornou-se propriedade de suas duas filhas e depois de seu genro, o violinista Alard. Depois da morte de Alard em 1888, seus herdeiros venderam o "Messias" em 1890 para WE Hill and Sons em nome de um sr. Crawford de Edimburgo por 2.600 libras esterlinas, naquela época a maior soma já paga por um violino ". Após a morte do último proprietário o instrumento foi doado ao Ahshmolean Museum em Oxford no ano de 1936 com a condição de que este fosse mantido como um violino silencioso, sem ser tocado por ninguém para permitir sua preservação como instrumento intacto e intocado há trezentos anos. E assim permanece. Essa história ilustra o poder do colecionador capaz de transmutar o objeto sob sua posse construindo-lhe uma verdadeira identidade e personificação. Os colecionadores de uma maneira geral tem o ímpeto de atribuir aos objetos de seu acervo a mítica de inigualáveis. Os nossos são sempre os melhores, os mais bonitos, os mais raros (quando não os únicos). Sob os filtros dos olhos do colecionador, basta mostrar algum objeto similar ao da coleção para ouvir a sentença: É bonito mas o meu.... A casa de um colecionador é um templo, não é como pode parecer um ajuntamento de objetos é antes um repositório de saberes e de histórias de conquista das aquisições. Desta forma a DARGENT LEILÕES respeitosamente tem a honra de apresentar o terceiro leilão da temporada 2018: COLEÇÃO DA FAMÍLIA LEUENROTH. O acervo é variado, vasto e expressivo mas acima de tudo é a coleção amealhada em uma vida por um casal cúmplice nas artes do colecionismo. Há peças de família, herdadas inclusive por um tronco que remonta ao Visconde de Rio Claro e ao Barão de Jaguarão, mas a maior parte é fruto da garimpagem meticulosa e criteriosa do casal. Iniciamos assim com o lote que segue: GRANDE CAIXA EM PRATA DE LEI COM CONSTRASTES PARA CIDADE DE LONDRES E LETRA DATA 1898, DECORADA EM RELEVO COM CENAS DE TABERNA NA TAMPA E NAS LATERAIS ROCAILLE. BELO TRABALHO! INGLATERRA, SEC. XIX. 13 X 3 X 7,5 CM. 356 G.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada