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PRINCESA ISABEL DO BRASIL BACCARAT CAIXA EM CRISTAL COM LAPIDAÇÃO CORDIAL CROWN. TAMPA EM PRATA DE LEI OSTENTANDO BRASÃO DA CASA IMPERIAL BRASILEIRA ADOTADO PELA PRINCESA ISABEL. MARCAS DE CONTRASTE CABEÇA DE MERCÚRIO E PRATEIRO V. BOIVIN, RUE DE MONTMORENCY PARIS PARA O ANO DE 1897. FRANÇA, SEC. XIX. 12 X 8 X 6,5 CM.NOTA: O Brasão da Casa Imperial do Brasil é o mesmo do Império, ou seja, em um campo verde, uma esfera armilar sobreposta em uma cruz da Ordem de Cristo a esfera do ouro circulada por 20 estrelas de prata em um círculo azul, e a Coroa Imperial com os diamantes ajustados sobre o protetor. A única diferença é a inclusão do brasonete da Casa de Orléans no centro, em campo azul, com três flores-de-lis douradas, o mesmo do Reino da França, porém com um lambel de herdeiro presuntivo disposto em chefe, uma vez que o primeiro Duque de Orléans era irmão de Luís XIV e os chefes da Casa Dinástica tinham tratamento de Premier Prince du Sang, como sucessores diretos da Casa de Bourbon. O Brasão começou a ser representado no pavilhão pessoal da Princesa Dona Isabel, no qual o Brasão era disposto no centro em bandeira branca, com guirlandas de fumo nos quatro cantos, na cor azul. Desde a Princesa Isabel o Brasão é o símbolo da Casa Imperial do Brasil e da Dinastia de Orléans e Bragança. Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon e Bragança (Rio de Janeiro, 29 de julho de 1846 Eu, 14 de novembro de 1921), apelidada de "a Redentora", foi a segunda filha, a primeira menina, do imperador Pedro II do Brasil e sua esposa a imperatriz Teresa Cristina das Duas Sicílias. Como a herdeira presuntiva do Império do Brasil, ela recebeu o título de Princesa Imperial. A morte de seus dois irmãos homens a fez a herdeira de Dom Pedro. A própria personalidade de Isabel a distanciou da política e de quaisquer confrontos com seu pai, ficando satisfeita com uma vida calma e doméstica. Após o Golpe de Estado Republicano, a família imperial foi banida do País e chegou em Lisboa em 7 de dezembro de 1889. A Imperatriz Teresa Cristina estava doente desde a deposição e morreu três semanas depois no Porto, enquanto Isabel e sua família estavam no sul da Espanha. A princesa voltou para Portugal e desmaiou durante o funeral de sua mãe. Mais notícias ruins chegaram do Brasil dizendo que o novo governo republicano havia abolido as pensões da família imperial, sua única fonte de renda substancial, e oficialmente banido todos os seus membros para sempre do território brasileiro. Eles receberam um grande empréstimo de um banqueiro português no caminho de volta do enterro de Teresa Cristina e se mudaram para o Hotel Beau Séjour em Cannes, França. Isabel e Gastão acabaram se mudando no ano seguinte para uma vila particular, que era bem mais barata que o hotel, porém Dom Pedro havia se recusado a acompanhá-los e permaneceu em Cannes. O príncipe Francisco, tio de Gastão, concedeu ao sobrinho e sua esposa uma mesada mensal. Em setembro eles foram para uma vila perto de Versalhes e seus filhos entraram em escolas parisienses. Dom Pedro morreu em dezembro de 1891, com Isabel sendo reconhecida pelos monarquistas como a imperatriz, enquanto suas propriedades no Brasil foram vendidas e o dinheiro usado para pagar as dívidas do imperador na Europa. Isabel e Gastão compraram uma vila em Bolonha-Billancourt, onde passaram a viver uma vida discreta. As tentativas dos monarquistas de restaurar o regime imperial foram mal sucedidas, com Isabel nunca dando apoio completo. Ela achava que ações militares eram imprudentes e indesejáveis, corretamente prevendo que todas provavelmente fracassariam. O Principe Francisco morreu em 1896 e a herança que Gastão recebeu permitiu que ele e Isabel tivessem uma estabilidade financeira. Seus três filhos entraram em uma escola militar de Viena, enquanto a princesa continuou com seus trabalhos de caridade relacionados à Igreja Católica. Um ano depois o Conde DEu comprou o Castelo d'Eu na Normandia, antiga casa de seu avô o rei Luís Filipe I da França. O casal mobiliou o lugar usando itens recebidos do Brasil no começo da década. Pedro de Alcântara quis em 1908 se casar com a condessa Elisabeth Dobrensky de Dobrenicz, porém Isabel e Gastão não lhe deram permissão porque Elisabeth não era uma princesa. A permissão só foi dada quando seu segundo filho Luís, que havia viajado para o Brasil mas foi proibido de desembarcar pelas autoridades, se casou com a princesa Maria Pia de Bourbon-Duas Sicílias e Pedro de Alcântara renunciou seus direitos ao trono brasileiro em favor de seu irmão. Luís e Antônio lutaram durante a Primeira Guerra Mundial pelo Exército Britânico, já que como também membros da família real francesa eles estavam proibidos de servirem no Exército Terrestre Francês. Luís foi considerado inválido para o serviço ativo em 1915 enquanto Antônio morreu de ferimentos causados por um acidente aéreo pouco depois do armistício. Isabel escreveu a Gastão afirmando que tinha "perdido a cabeça" pela dor, "porém o Bom Senhor a restaurou". Luís acabou morrendo no começo de 1920 após uma longa doença. A saúde da princesa começou a deteriorar e em 1921 ela mal conseguia andar. Ainda em 1920 o governo republicano brasileiro do presidente Epitácio Pessoa suspendeu o banimento da família imperial, porém Isabel estava doente demais para viajar. Dessa forma, Gastão e Pedro de Alcântara voltaram para o Brasil no começo de 1921 para o reenterro do imperador e da imperatriz em Petrópolis. Isabel acabou morrendo aos 75 anos de idade em 14 de novembro de 1921, um dia antes do aniversário de 32 anos da república brasileira, sendo inicialmente enterrada na tumba da Casa d'Orleães em Dreux, França. Gastão morreu no ano seguinte no Rio de Janeiro enquanto estava no Brasil para as celebrações do centenário da independência, sendo enterrado junto da esposa. Os restos do casal foram repatriados para o Brasil em 1953 e reenterrados em 1971 na Catedral de São Pedro de Alcântara em Petrópolis ao lado de Pedro e Teresa Cristina.

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Tipo: Cristais

PRINCESA ISABEL DO BRASIL BACCARAT CAIXA EM CRISTAL COM LAPIDAÇÃO CORDIAL CROWN. TAMPA EM PRATA DE LEI OSTENTANDO BRASÃO DA CASA IMPERIAL BRASILEIRA ADOTADO PELA PRINCESA ISABEL. MARCAS DE CONTRASTE CABEÇA DE MERCÚRIO E PRATEIRO V. BOIVIN, RUE DE MONTMORENCY PARIS PARA O ANO DE 1897. FRANÇA, SEC. XIX. 12 X 8 X 6,5 CM.NOTA: O Brasão da Casa Imperial do Brasil é o mesmo do Império, ou seja, em um campo verde, uma esfera armilar sobreposta em uma cruz da Ordem de Cristo a esfera do ouro circulada por 20 estrelas de prata em um círculo azul, e a Coroa Imperial com os diamantes ajustados sobre o protetor. A única diferença é a inclusão do brasonete da Casa de Orléans no centro, em campo azul, com três flores-de-lis douradas, o mesmo do Reino da França, porém com um lambel de herdeiro presuntivo disposto em chefe, uma vez que o primeiro Duque de Orléans era irmão de Luís XIV e os chefes da Casa Dinástica tinham tratamento de Premier Prince du Sang, como sucessores diretos da Casa de Bourbon. O Brasão começou a ser representado no pavilhão pessoal da Princesa Dona Isabel, no qual o Brasão era disposto no centro em bandeira branca, com guirlandas de fumo nos quatro cantos, na cor azul. Desde a Princesa Isabel o Brasão é o símbolo da Casa Imperial do Brasil e da Dinastia de Orléans e Bragança. Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon e Bragança (Rio de Janeiro, 29 de julho de 1846 Eu, 14 de novembro de 1921), apelidada de "a Redentora", foi a segunda filha, a primeira menina, do imperador Pedro II do Brasil e sua esposa a imperatriz Teresa Cristina das Duas Sicílias. Como a herdeira presuntiva do Império do Brasil, ela recebeu o título de Princesa Imperial. A morte de seus dois irmãos homens a fez a herdeira de Dom Pedro. A própria personalidade de Isabel a distanciou da política e de quaisquer confrontos com seu pai, ficando satisfeita com uma vida calma e doméstica. Após o Golpe de Estado Republicano, a família imperial foi banida do País e chegou em Lisboa em 7 de dezembro de 1889. A Imperatriz Teresa Cristina estava doente desde a deposição e morreu três semanas depois no Porto, enquanto Isabel e sua família estavam no sul da Espanha. A princesa voltou para Portugal e desmaiou durante o funeral de sua mãe. Mais notícias ruins chegaram do Brasil dizendo que o novo governo republicano havia abolido as pensões da família imperial, sua única fonte de renda substancial, e oficialmente banido todos os seus membros para sempre do território brasileiro. Eles receberam um grande empréstimo de um banqueiro português no caminho de volta do enterro de Teresa Cristina e se mudaram para o Hotel Beau Séjour em Cannes, França. Isabel e Gastão acabaram se mudando no ano seguinte para uma vila particular, que era bem mais barata que o hotel, porém Dom Pedro havia se recusado a acompanhá-los e permaneceu em Cannes. O príncipe Francisco, tio de Gastão, concedeu ao sobrinho e sua esposa uma mesada mensal. Em setembro eles foram para uma vila perto de Versalhes e seus filhos entraram em escolas parisienses. Dom Pedro morreu em dezembro de 1891, com Isabel sendo reconhecida pelos monarquistas como a imperatriz, enquanto suas propriedades no Brasil foram vendidas e o dinheiro usado para pagar as dívidas do imperador na Europa. Isabel e Gastão compraram uma vila em Bolonha-Billancourt, onde passaram a viver uma vida discreta. As tentativas dos monarquistas de restaurar o regime imperial foram mal sucedidas, com Isabel nunca dando apoio completo. Ela achava que ações militares eram imprudentes e indesejáveis, corretamente prevendo que todas provavelmente fracassariam. O Principe Francisco morreu em 1896 e a herança que Gastão recebeu permitiu que ele e Isabel tivessem uma estabilidade financeira. Seus três filhos entraram em uma escola militar de Viena, enquanto a princesa continuou com seus trabalhos de caridade relacionados à Igreja Católica. Um ano depois o Conde DEu comprou o Castelo d'Eu na Normandia, antiga casa de seu avô o rei Luís Filipe I da França. O casal mobiliou o lugar usando itens recebidos do Brasil no começo da década. Pedro de Alcântara quis em 1908 se casar com a condessa Elisabeth Dobrensky de Dobrenicz, porém Isabel e Gastão não lhe deram permissão porque Elisabeth não era uma princesa. A permissão só foi dada quando seu segundo filho Luís, que havia viajado para o Brasil mas foi proibido de desembarcar pelas autoridades, se casou com a princesa Maria Pia de Bourbon-Duas Sicílias e Pedro de Alcântara renunciou seus direitos ao trono brasileiro em favor de seu irmão. Luís e Antônio lutaram durante a Primeira Guerra Mundial pelo Exército Britânico, já que como também membros da família real francesa eles estavam proibidos de servirem no Exército Terrestre Francês. Luís foi considerado inválido para o serviço ativo em 1915 enquanto Antônio morreu de ferimentos causados por um acidente aéreo pouco depois do armistício. Isabel escreveu a Gastão afirmando que tinha "perdido a cabeça" pela dor, "porém o Bom Senhor a restaurou". Luís acabou morrendo no começo de 1920 após uma longa doença. A saúde da princesa começou a deteriorar e em 1921 ela mal conseguia andar. Ainda em 1920 o governo republicano brasileiro do presidente Epitácio Pessoa suspendeu o banimento da família imperial, porém Isabel estava doente demais para viajar. Dessa forma, Gastão e Pedro de Alcântara voltaram para o Brasil no começo de 1921 para o reenterro do imperador e da imperatriz em Petrópolis. Isabel acabou morrendo aos 75 anos de idade em 14 de novembro de 1921, um dia antes do aniversário de 32 anos da república brasileira, sendo inicialmente enterrada na tumba da Casa d'Orleães em Dreux, França. Gastão morreu no ano seguinte no Rio de Janeiro enquanto estava no Brasil para as celebrações do centenário da independência, sendo enterrado junto da esposa. Os restos do casal foram repatriados para o Brasil em 1953 e reenterrados em 1971 na Catedral de São Pedro de Alcântara em Petrópolis ao lado de Pedro e Teresa Cristina.

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  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

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    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada