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Mobiliário

MICHEL ARNOULT (ATR.) BELA POLTRONA EM JACARANDÁ COM FORRAÇÃO EM TECIDO. ELEGANTE DESIGN COM FORMAS MAGNIFICAS. BRASIL, DEC. 6046 (P) X 80 (h) X 55 (L). NOTA: Nascido na França em 1922, aos 26 anos desembarca no Rio de Janeiro onde estudou arquitetura, fez estágio com Oscar Niemeyer. Antes de terminar o curso associou-se ao arquiteto escocês Norman Westwater, que trabalhava como cenógrafo e havia começado a projetar móveis. Desde o início de sua carreira Arnoult esteve ciente das necessidades reais das quais o mercado Brasileiro necessitava. Tinha a intenção de que seus trabalhos chegassem ao grande público, fato observado com a tentativa de vendê-los para Cássio Muniz e a Móveis Drago (grandes lojas de departamentos) e mais recentemente pela declaração de que gostaria muito de ter seus móveis à venda nas Casas Bahia. Atendendo às mudanças arquitetônicas pelas quais o país passava, projetaram um mobiliário que não mais podia ser feito por encomenda, havia a necessidade de algo que preservasse seu valor estético sem perder a funcionalidade e que estivesse ao alcance dessa população habitante da série de apartamentos que surgiam. Aproveitando conceitos criados no início da industrialização e que se mantêm até hoje como índice de eficiência na produção em série como a modulação, e a redução no número de peças, a Mobília Contemporânea ajudou a industria moveleira do Brasil a quebrar conceitos ultrapassados de projeto e produção. Em 1954, juntamente com mais dois sócios, contrataram uma marcenaria em Curitiba composta por ex-operários da Móveis Cimo para produzirem a primeira linha desse grupo. Criam na mesma cidade a Forma Móveis e Interiores, mas por haver uma Cadeira da linha Peg-Lev outra empresa homônima e no mesmo setor tiveram que alterar o nome para Mobília Contemporânea. Em 1955 a empresa mudou-se para São Paulo e conforme a ampliação da produção abriram mais duas filiais na mesma cidade e uma no Rio de Janeiro. Arnoult produzia móveis para serem duráveis e rejeitava a ideia do consumismo desenfreado apregoada em países já desenvolvidos e que representava em alguma medida o quanto determinada sociedade havia avançado economicamente. No Brasil, apesar do momento exigir a industrialização de uma vez por todas, seria incoerente criar um estado mental de obsolescência rápida dos objetos. O pensamento do designer também ajudaria os produtores que poderiam manter seu maquinário por mais tempo. Em 1970, em face à concorrência que a Mobília Contemporânea sofria, foi criado o conceito Peg-Lev, móvel desmontável para ser vendido em supermercados. Em termos funcionais, segundo Arnout, o projeto era muito bem sucedido, infelizmente esse exemplo de boa concepção não foi aceite pelo mercado e em 1973 sua empresa encerrou atividades. Em seguida Arnoult passou a trabalhar como designer na Fábrica de Móveis Senta e lá permaneceu até o final dos anos 1980, quando passou a trabalhar de forma independente mantendo sua obsessão pela criação de móveis adequados ao país e à época, postura semelhante à de Geraldo de Barros e alinhada com as ideias de Victor Papanek que em 1971 lançou um livro chamado Design For the Real World no qual, entre outras ideias, propunha que os designers se dirigissem mais aos problemas sociais e que abrissem mão do seu narcisismo autoral em função do benefício de todos. A partir do final década de 1980, o Arnoult passou a criar móveis com eucalipto replantado em respeito à problemática ecológica. Em sua 17ª edição (2003)o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira em São Paulo contou a participação de designers de diversas regiões do Brasil, atraindo veteranos e novatos. O prêmio de melhor mobiliário foi concedido a Arnoult que aos 81 resolveu entrar como participante após ter sido jurado do concurso. O projeto vencedor foi a poltrona Pelicano,semelhante às de diretor de cinema, no entanto mais leve (pesa 9 quilos) e fácil de desmontar. Feita com lona de algodão, que não esquenta no calor, costurada em forma de saco, anexa com apenas 4 pinos a uma estrutura de madeira ecologicamente correta, conceito pelo qual o autor tinha muita estima em razão da síntese: praticidade, beleza e baixo preço. Em março de 2005, aos 83 anos, Michel Arnoult morreu deixando projetos ainda inéditos do público. 660

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Tipo: Mobiliário

MICHEL ARNOULT (ATR.) BELA POLTRONA EM JACARANDÁ COM FORRAÇÃO EM TECIDO. ELEGANTE DESIGN COM FORMAS MAGNIFICAS. BRASIL, DEC. 6046 (P) X 80 (h) X 55 (L). NOTA: Nascido na França em 1922, aos 26 anos desembarca no Rio de Janeiro onde estudou arquitetura, fez estágio com Oscar Niemeyer. Antes de terminar o curso associou-se ao arquiteto escocês Norman Westwater, que trabalhava como cenógrafo e havia começado a projetar móveis. Desde o início de sua carreira Arnoult esteve ciente das necessidades reais das quais o mercado Brasileiro necessitava. Tinha a intenção de que seus trabalhos chegassem ao grande público, fato observado com a tentativa de vendê-los para Cássio Muniz e a Móveis Drago (grandes lojas de departamentos) e mais recentemente pela declaração de que gostaria muito de ter seus móveis à venda nas Casas Bahia. Atendendo às mudanças arquitetônicas pelas quais o país passava, projetaram um mobiliário que não mais podia ser feito por encomenda, havia a necessidade de algo que preservasse seu valor estético sem perder a funcionalidade e que estivesse ao alcance dessa população habitante da série de apartamentos que surgiam. Aproveitando conceitos criados no início da industrialização e que se mantêm até hoje como índice de eficiência na produção em série como a modulação, e a redução no número de peças, a Mobília Contemporânea ajudou a industria moveleira do Brasil a quebrar conceitos ultrapassados de projeto e produção. Em 1954, juntamente com mais dois sócios, contrataram uma marcenaria em Curitiba composta por ex-operários da Móveis Cimo para produzirem a primeira linha desse grupo. Criam na mesma cidade a Forma Móveis e Interiores, mas por haver uma Cadeira da linha Peg-Lev outra empresa homônima e no mesmo setor tiveram que alterar o nome para Mobília Contemporânea. Em 1955 a empresa mudou-se para São Paulo e conforme a ampliação da produção abriram mais duas filiais na mesma cidade e uma no Rio de Janeiro. Arnoult produzia móveis para serem duráveis e rejeitava a ideia do consumismo desenfreado apregoada em países já desenvolvidos e que representava em alguma medida o quanto determinada sociedade havia avançado economicamente. No Brasil, apesar do momento exigir a industrialização de uma vez por todas, seria incoerente criar um estado mental de obsolescência rápida dos objetos. O pensamento do designer também ajudaria os produtores que poderiam manter seu maquinário por mais tempo. Em 1970, em face à concorrência que a Mobília Contemporânea sofria, foi criado o conceito Peg-Lev, móvel desmontável para ser vendido em supermercados. Em termos funcionais, segundo Arnout, o projeto era muito bem sucedido, infelizmente esse exemplo de boa concepção não foi aceite pelo mercado e em 1973 sua empresa encerrou atividades. Em seguida Arnoult passou a trabalhar como designer na Fábrica de Móveis Senta e lá permaneceu até o final dos anos 1980, quando passou a trabalhar de forma independente mantendo sua obsessão pela criação de móveis adequados ao país e à época, postura semelhante à de Geraldo de Barros e alinhada com as ideias de Victor Papanek que em 1971 lançou um livro chamado Design For the Real World no qual, entre outras ideias, propunha que os designers se dirigissem mais aos problemas sociais e que abrissem mão do seu narcisismo autoral em função do benefício de todos. A partir do final década de 1980, o Arnoult passou a criar móveis com eucalipto replantado em respeito à problemática ecológica. Em sua 17ª edição (2003)o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira em São Paulo contou a participação de designers de diversas regiões do Brasil, atraindo veteranos e novatos. O prêmio de melhor mobiliário foi concedido a Arnoult que aos 81 resolveu entrar como participante após ter sido jurado do concurso. O projeto vencedor foi a poltrona Pelicano,semelhante às de diretor de cinema, no entanto mais leve (pesa 9 quilos) e fácil de desmontar. Feita com lona de algodão, que não esquenta no calor, costurada em forma de saco, anexa com apenas 4 pinos a uma estrutura de madeira ecologicamente correta, conceito pelo qual o autor tinha muita estima em razão da síntese: praticidade, beleza e baixo preço. Em março de 2005, aos 83 anos, Michel Arnoult morreu deixando projetos ainda inéditos do público. 660

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada