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Esculturas

VICTOR BRECHERET NINFA ARETHUSA DEC. 1920. ESCULTURA EM CIMENTO. OBRA EXPRESSIVA, TÍPICA DA PRODUÇÃO DO ARTISTA NA DECADA DE 20. VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE FOTOS DE UMA OUTRA ESCULTURA DE BRECHERET CATALOGADA EM COLEÇÃO PARTICULAR INTITULADA O FAUNO. ESTA ESCULTURA FOI PRODUZIDA NA MESMA ÉPOCA, TAMBEM EM CIMENTO, REPRESENTANDO PERSONAGEM MITOLÓGICO E MUITO SIMILAR NA BASE E NA POSIÇÃO. FAZENDO CRER QUE PROVAVELMENTE FORAM PRODUZIDAS PARA UM MESMO LOCAL. SÃO IMPRESSIONANTES OS DETALHES MORFOLOGICOS, O MOVIMENTO, A MUSCULATURA SALIENTE, OS CABELOS PRESOS AS COSTAS, CONTRASTANDO COM A DELICADEZA DA PERSONAGEM. ASSINATURA NA PARTE TRASEIRA EMBORA DESGASTADA PELO TEMPO. BRASIL, DEC. 1920. 77 CM DE ALTURA. (Trata-se de uma escultura originalmente de área externa, natural que o tempo e intempéries por quase um século tenham deixado alguma marca a base sofreu restauro nas pontas) NOTA: AS NINFAS: "Quem entre os gregos poderia se vangloriar de conhecer os nomes de todas as ninfas? Elas eram as deusas de todas as águas correntes e de todas as fontes (MIRCEIA ELIADE) As ninfas são geralmente mães de heróis locais; divindades secundárias de certos lugares. os homens as conhecem bem e oferecem-lhes adoração e sacrifício. A maioria delas são divindades das fontes. Junto com a veneração as ninfas, também existe o medo das ninfas. As ninfas muitas vezes no turbilhão das águas roubam crianças e as vezes as matam por ciúmes. As ninfas são perigosas ao meio dia, no auge do calor, perturbando o espírito daqueles que as veem. Por esse motivo há uma superstição útil de que se deve abster de aproximar-se das fontes e rios ao sol do meio dia. Enfim, em todas essas crenças persiste a virtude profética da água. ARETHUSA - era conhecida em toda a Grécia pela beleza de seu corpo e pela delicadeza de seus gestos. Artemis, irmã de Apolo e divindade de caça, cuidou dela desde a tenra idade, treinando-a em correr e nadar, disciplinas nas quais Aretusa tornou-se imbatível. Um dia, depois de uma longa corrida na floresta, Arethusa decidiu se refrescar em um belo fluxo cercado por grandes plantas.Tirando suas roupas, Aretusa tomou um banho relaxante neste lindo lugar: o chilrear dos pássaros, o vento entre as folhas e o suave fluxo da água pareciam uma melodia. De repente, no entanto, um silêncio sepulcral caiu, seguido de um sussurro que assustou a ninfa. O barulho faz com que ela saia da água e comece a correr rapidamente.Uma voz, no entanto, ordenou que ele parasse: era Alfeu, a divindade do curso de água, atraído pela beleza de Arethusa. Alfeo começou a perseguir Arethusa, já cansado da corrida anterior.Quando a ninfa foi atingida, ela chamou Artemis para ajudar.Ela a envolveu em uma e soprou forte na direção da Sicília, para abrigar a ninfa que cuidara com tanto amor. Chegando perto deOrtigia, a nuvem começou a soltar Aretusa, que se transformou em fonte de água fresca e doce. Alfeo, realmente apaixonado por Arethusa, pediu ajuda a seu pai Oceano: este, convencidos por seu sincero amor, abriu as águas do jónico e permitiu que Alfeo chegasse a Sicília. Arethusa, convencida por tanto amor e insistência, cedeu aos pedidos de Alfeus.Artemis, para selar seu amor, cavou uma caverna sob a fonte , de modo que as águas de Arethusa e Alfeus corressem para a eternidade. E este é um lugar encantador até hoje, que traz a fecundidade e a felicidade para os jovens casais que tocam nas águas onde o amor flui entre Alpheus e Arethusa. Victor Brecheret inicia-se no desenho, na modelagem e no entalhe em madeira no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, em 1912. Transfere-se para Roma em 1913 e freqüenta o ateliê do escultor Arturo Dazzi, ao mesmo tempo em que se interessa pelas obras do iugoslavo Ivan Mestrovic e do francês Emile-Antoine Bourdelle, todos seguidores de Auguste Rodin. Brecheret, com Despertar, obtém o 1º Prêmio na Exposição de Belas-Artes em Roma, em 1916. Em seu retorno, em 1920, é descoberto e aclamado por alguns modernistas, e desse contato nasce a sua inserção na Semana de Arte Moderna de 1922. Um exame das suas obras apresentadas na Semana indica uma defasagem em relação às conquistas das vanguardas européias. Na realidade, eram estilizadas e carregadas de uma dramaticidade muito próxima do léxico de seu professor Ivan Mestrovic, porém, para o nosso tímido ambiente artístico, foram tidas como revolucionárias. Novamente, Brecheret empreende uma viagem entre 1921 e 1926, desta vez a Paris, sob o patrocínio do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, com Mise au Tombeau, o escultor recebe a premiação no Salão de Outono de 1923. Sobre sua estadia parisiense, Brecheret contaria "... o que lá encontrei era completamente diverso do que até então estivera aprendendo. Fiquei aturdido, confuso. Passei um ano sem trabalhar, embora freqüentasse ateliers e artistas. Depois, arrastado pelo meio ambiente entrei na minha fase modernista. Figuras em granito que só apresentavam volume (chamava-os de pneumáticos...). Ou concepções avançadas em que a geometria jogava com a forma, figuras essas executadas em cobre polido." 1 Pode-se ainda dizer que nesse período suas esculturas sofrem um processo de simplificação formal próxima da essencialidade de Brancusi e das linhas do Art Déco. A produção de Brecheret nos anos iniciais da década de 1930 caracteriza-se por "algumas realizações experimentais de peças abstratizantes", mas depois "volta-se para a globalização de formas de torneado rústico enfatizando, através da marcação de arestas, os cortes dos planos. Suas obras tangenciam soluções apresentadas por Henri Laurens e Jacques Lipchitz na mesma época." 2 Em sua primeira fase brasileira, entre 1936 e meados da década de 1940, "... nota-se que os módulos maciços da escultura arcaica grega são objeto de sua pesquisa, como o rompimento com o geometrismo e a preocupação por uma escultura de massa. penetrada de um naturalismo comedido, ao qual se soma a expressão de vigor e sensualidade. Sua segunda fase brasileira (meados da déc. 1940 - 1955) inicia-se com a fase das pedras em que o artista se apropria de seixos graníticos rolados pelo mar e interfere nesses objets trouvés com incisões .... Estas obras se aproximam da produção de Moore, Arp e de Lipchitz." 3 Atualmente, a historiografia artística aponta a necessidade de revisão da obra de Brecheret, pois "... sem nenhum vínculo com a rarefeita tradição escultórica brasileira, Brecheret deve ser analisado, como sugere Luiz Marques, no âmbito da escultura européia, com a qual trava um diálogo que marca sua trajetória de artista múltiplo. Atentando, aliás, para sua formação e sua longa permanência no estrangeiro impõe-se uma pergunta decisiva: até que ponto Brecheret pode ser considerado um artista brasileiro? Não pertencerá ele, de fato, à história da escultura européia, uma vez que não há em sua obra vínculos mais estreitos com a arte elaborada no Brasil naquele mesmo período." 4 A presença de Brecheret pode ser percebida no espaço público da cidade de São Paulo - a exemplo do Monumento às Bandeiras (1921-1953), no Ibirapuera, do Monumento a Caxias (1941-1960), na Praça Princesa Isabel, ou ainda Fauno (1942), no Parque Siqueira Campos e nos monumentos fúnebres dos principais cemitérios paulistanos. A figura feminina associada à beleza, à sensualidade e também à força geradora de vida é uma presença constante na produção de Brecheret. Três Graças emprega a alegoria das três raças, três tipos de mulher: a oriental, a ocidental e a africana. Três Graças encontra-se sobre uma base arredondada, e se harmoniza com a disposição circular, em bloco, dos corpos maciços das três figuras femininas. O artista soube trabalhar o volume, em busca da solidez e da coerência entre seus elementos. Na construção desta obra, Brecheret privilegia a manutenção do gesto contido, por meio do entrelaçamento dos braços das figuras, como também a estilização e a simplificação. O tema é originário da antigüidade clássica e ao longo da história da humanidade, continua a ser interpretado por muitos artistas. O interesse pela arte indígena, "... derivado dos seus trabalhos com o Monumento às Bandeiras, foi outra constante da última fase da obra de Brecheret. ... Movido pelo desejo de criar uma escultura brasileira pesquisando as raízes indígenas, o escultor tinha em mente o que Mário de Andrade lhe aconselhara, em 1921 ... 'estude os tipos dos nossos índios, tipos não desprovidos de beleza, unifique-os num tipo único, original e terá a maior das qualidades' .... Nesta séria tentativa de busca de uma escultura com características nacionais, Brecheret percebeu na arte primitiva indígena aquela organicidade estrutural que perseguia desde a década de 20." 1 Como observa a historiadora Daisy Peccinini, Brecheret reúne as qualidades do artista-artesão que experimenta e produz obras nos diferentes materiais como o mármore, pedra de França, granito e arenito, terracota e gesso, cimento e bronze.2 Essa diversidade pode ser observada em outras peças escultóricas do artista, pertencentes ao acervo do MAC USP, entre elas: Santa Ceia, terracota da década de 1930, Graça II, gesso de 1940 e no bronze Luta de Índios Kalapalo, de 1951 (EXTRAIDO DO ROTEIRO DE VISITA DO MASP)

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Tipo: Esculturas

VICTOR BRECHERET NINFA ARETHUSA DEC. 1920. ESCULTURA EM CIMENTO. OBRA EXPRESSIVA, TÍPICA DA PRODUÇÃO DO ARTISTA NA DECADA DE 20. VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE FOTOS DE UMA OUTRA ESCULTURA DE BRECHERET CATALOGADA EM COLEÇÃO PARTICULAR INTITULADA O FAUNO. ESTA ESCULTURA FOI PRODUZIDA NA MESMA ÉPOCA, TAMBEM EM CIMENTO, REPRESENTANDO PERSONAGEM MITOLÓGICO E MUITO SIMILAR NA BASE E NA POSIÇÃO. FAZENDO CRER QUE PROVAVELMENTE FORAM PRODUZIDAS PARA UM MESMO LOCAL. SÃO IMPRESSIONANTES OS DETALHES MORFOLOGICOS, O MOVIMENTO, A MUSCULATURA SALIENTE, OS CABELOS PRESOS AS COSTAS, CONTRASTANDO COM A DELICADEZA DA PERSONAGEM. ASSINATURA NA PARTE TRASEIRA EMBORA DESGASTADA PELO TEMPO. BRASIL, DEC. 1920. 77 CM DE ALTURA. (Trata-se de uma escultura originalmente de área externa, natural que o tempo e intempéries por quase um século tenham deixado alguma marca a base sofreu restauro nas pontas) NOTA: AS NINFAS: "Quem entre os gregos poderia se vangloriar de conhecer os nomes de todas as ninfas? Elas eram as deusas de todas as águas correntes e de todas as fontes (MIRCEIA ELIADE) As ninfas são geralmente mães de heróis locais; divindades secundárias de certos lugares. os homens as conhecem bem e oferecem-lhes adoração e sacrifício. A maioria delas são divindades das fontes. Junto com a veneração as ninfas, também existe o medo das ninfas. As ninfas muitas vezes no turbilhão das águas roubam crianças e as vezes as matam por ciúmes. As ninfas são perigosas ao meio dia, no auge do calor, perturbando o espírito daqueles que as veem. Por esse motivo há uma superstição útil de que se deve abster de aproximar-se das fontes e rios ao sol do meio dia. Enfim, em todas essas crenças persiste a virtude profética da água. ARETHUSA - era conhecida em toda a Grécia pela beleza de seu corpo e pela delicadeza de seus gestos. Artemis, irmã de Apolo e divindade de caça, cuidou dela desde a tenra idade, treinando-a em correr e nadar, disciplinas nas quais Aretusa tornou-se imbatível. Um dia, depois de uma longa corrida na floresta, Arethusa decidiu se refrescar em um belo fluxo cercado por grandes plantas.Tirando suas roupas, Aretusa tomou um banho relaxante neste lindo lugar: o chilrear dos pássaros, o vento entre as folhas e o suave fluxo da água pareciam uma melodia. De repente, no entanto, um silêncio sepulcral caiu, seguido de um sussurro que assustou a ninfa. O barulho faz com que ela saia da água e comece a correr rapidamente.Uma voz, no entanto, ordenou que ele parasse: era Alfeu, a divindade do curso de água, atraído pela beleza de Arethusa. Alfeo começou a perseguir Arethusa, já cansado da corrida anterior.Quando a ninfa foi atingida, ela chamou Artemis para ajudar.Ela a envolveu em uma e soprou forte na direção da Sicília, para abrigar a ninfa que cuidara com tanto amor. Chegando perto deOrtigia, a nuvem começou a soltar Aretusa, que se transformou em fonte de água fresca e doce. Alfeo, realmente apaixonado por Arethusa, pediu ajuda a seu pai Oceano: este, convencidos por seu sincero amor, abriu as águas do jónico e permitiu que Alfeo chegasse a Sicília. Arethusa, convencida por tanto amor e insistência, cedeu aos pedidos de Alfeus.Artemis, para selar seu amor, cavou uma caverna sob a fonte , de modo que as águas de Arethusa e Alfeus corressem para a eternidade. E este é um lugar encantador até hoje, que traz a fecundidade e a felicidade para os jovens casais que tocam nas águas onde o amor flui entre Alpheus e Arethusa. Victor Brecheret inicia-se no desenho, na modelagem e no entalhe em madeira no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, em 1912. Transfere-se para Roma em 1913 e freqüenta o ateliê do escultor Arturo Dazzi, ao mesmo tempo em que se interessa pelas obras do iugoslavo Ivan Mestrovic e do francês Emile-Antoine Bourdelle, todos seguidores de Auguste Rodin. Brecheret, com Despertar, obtém o 1º Prêmio na Exposição de Belas-Artes em Roma, em 1916. Em seu retorno, em 1920, é descoberto e aclamado por alguns modernistas, e desse contato nasce a sua inserção na Semana de Arte Moderna de 1922. Um exame das suas obras apresentadas na Semana indica uma defasagem em relação às conquistas das vanguardas européias. Na realidade, eram estilizadas e carregadas de uma dramaticidade muito próxima do léxico de seu professor Ivan Mestrovic, porém, para o nosso tímido ambiente artístico, foram tidas como revolucionárias. Novamente, Brecheret empreende uma viagem entre 1921 e 1926, desta vez a Paris, sob o patrocínio do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, com Mise au Tombeau, o escultor recebe a premiação no Salão de Outono de 1923. Sobre sua estadia parisiense, Brecheret contaria "... o que lá encontrei era completamente diverso do que até então estivera aprendendo. Fiquei aturdido, confuso. Passei um ano sem trabalhar, embora freqüentasse ateliers e artistas. Depois, arrastado pelo meio ambiente entrei na minha fase modernista. Figuras em granito que só apresentavam volume (chamava-os de pneumáticos...). Ou concepções avançadas em que a geometria jogava com a forma, figuras essas executadas em cobre polido." 1 Pode-se ainda dizer que nesse período suas esculturas sofrem um processo de simplificação formal próxima da essencialidade de Brancusi e das linhas do Art Déco. A produção de Brecheret nos anos iniciais da década de 1930 caracteriza-se por "algumas realizações experimentais de peças abstratizantes", mas depois "volta-se para a globalização de formas de torneado rústico enfatizando, através da marcação de arestas, os cortes dos planos. Suas obras tangenciam soluções apresentadas por Henri Laurens e Jacques Lipchitz na mesma época." 2 Em sua primeira fase brasileira, entre 1936 e meados da década de 1940, "... nota-se que os módulos maciços da escultura arcaica grega são objeto de sua pesquisa, como o rompimento com o geometrismo e a preocupação por uma escultura de massa. penetrada de um naturalismo comedido, ao qual se soma a expressão de vigor e sensualidade. Sua segunda fase brasileira (meados da déc. 1940 - 1955) inicia-se com a fase das pedras em que o artista se apropria de seixos graníticos rolados pelo mar e interfere nesses objets trouvés com incisões .... Estas obras se aproximam da produção de Moore, Arp e de Lipchitz." 3 Atualmente, a historiografia artística aponta a necessidade de revisão da obra de Brecheret, pois "... sem nenhum vínculo com a rarefeita tradição escultórica brasileira, Brecheret deve ser analisado, como sugere Luiz Marques, no âmbito da escultura européia, com a qual trava um diálogo que marca sua trajetória de artista múltiplo. Atentando, aliás, para sua formação e sua longa permanência no estrangeiro impõe-se uma pergunta decisiva: até que ponto Brecheret pode ser considerado um artista brasileiro? Não pertencerá ele, de fato, à história da escultura européia, uma vez que não há em sua obra vínculos mais estreitos com a arte elaborada no Brasil naquele mesmo período." 4 A presença de Brecheret pode ser percebida no espaço público da cidade de São Paulo - a exemplo do Monumento às Bandeiras (1921-1953), no Ibirapuera, do Monumento a Caxias (1941-1960), na Praça Princesa Isabel, ou ainda Fauno (1942), no Parque Siqueira Campos e nos monumentos fúnebres dos principais cemitérios paulistanos. A figura feminina associada à beleza, à sensualidade e também à força geradora de vida é uma presença constante na produção de Brecheret. Três Graças emprega a alegoria das três raças, três tipos de mulher: a oriental, a ocidental e a africana. Três Graças encontra-se sobre uma base arredondada, e se harmoniza com a disposição circular, em bloco, dos corpos maciços das três figuras femininas. O artista soube trabalhar o volume, em busca da solidez e da coerência entre seus elementos. Na construção desta obra, Brecheret privilegia a manutenção do gesto contido, por meio do entrelaçamento dos braços das figuras, como também a estilização e a simplificação. O tema é originário da antigüidade clássica e ao longo da história da humanidade, continua a ser interpretado por muitos artistas. O interesse pela arte indígena, "... derivado dos seus trabalhos com o Monumento às Bandeiras, foi outra constante da última fase da obra de Brecheret. ... Movido pelo desejo de criar uma escultura brasileira pesquisando as raízes indígenas, o escultor tinha em mente o que Mário de Andrade lhe aconselhara, em 1921 ... 'estude os tipos dos nossos índios, tipos não desprovidos de beleza, unifique-os num tipo único, original e terá a maior das qualidades' .... Nesta séria tentativa de busca de uma escultura com características nacionais, Brecheret percebeu na arte primitiva indígena aquela organicidade estrutural que perseguia desde a década de 20." 1 Como observa a historiadora Daisy Peccinini, Brecheret reúne as qualidades do artista-artesão que experimenta e produz obras nos diferentes materiais como o mármore, pedra de França, granito e arenito, terracota e gesso, cimento e bronze.2 Essa diversidade pode ser observada em outras peças escultóricas do artista, pertencentes ao acervo do MAC USP, entre elas: Santa Ceia, terracota da década de 1930, Graça II, gesso de 1940 e no bronze Luta de Índios Kalapalo, de 1951 (EXTRAIDO DO ROTEIRO DE VISITA DO MASP)

Informações

Lance

Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada