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Colecionismo

A PARTIDA DA FAMILIA REAL PARA O BRASIL ÁGUA FORTE P & B. (Departure of His R. H. the Prince Regent of Portugal for the Brazils). AUTORIA DE FRANCESCO BARTOLOZZI (1727-1815) E HENRI LÉVÊQUE (1792-1815). GRAVADA EM 27 DE NOVEMBRO DE 1807 E PUBLICADA EM 1812. RARA E IMPORTANTE AGUA FORTE RETRATANDO A PARTIDA DA FAMILIA REAL PARA O BRASIL ESCAPANDO DO CERCO NAPOLEONICO A PORTUGAL. ORIGINAL DE ÉPOCA! NO PLANO PRINCIPAL, NO PORTO DE BELÉM EM LISBOA, DOM JOÃO ENTÃO PRINCIPE REGENTE ESTÁ CERCADO PELOS CORTESÃOS QUE LHE BEIJAM A MÃO. DENTRO DE COCHES COM PORTAS BRASONADAS AS INFANTAS FILHAS DE DOM JOÃO OLHAM PELA JANELA. EM UM DOS COCHES JUNTO A UM PADRE A FIGURA DE UM MENINO O PRINCIPE DO BRASIL, NOSSO FUTURO IMPERADOR PEDRO I, ACOMPANHADO POR UM FRADE. A ESQUERDA, VE-SE A LUXUOSA GALEOTA REAL ORNADA COM COROA E BALDAQUINO COM TRONO QUE LEVARÁ DOM JOÃO ATÉ O NAVIO QUE O CONDUZIRÁ. VÁRIAS EMBARCAÇÕES A REMO NAVEGAM NO TEJO EM DIREÇÃO AOS NAVIOS ANCORADOS LEVANDO A CORTE QUE SEGUE AO BRASIL. EM OUTRO PLANO, VE-SE OS CAMPONESES AJOELHADOS EM ATITUDE DE SÚPLICA AO GOVERNANTE. TAMBÉM É RETRATADA NO PLANO PRINCIPAL FAMÍLIA DE NOBRE SENTADA SOBRE CANASTRAS ONDE DEVEM ESTAR SEUS VALORES. A CAVALARIA REAL FAZ UM CORDÃO DE ISOLAMENTO ENTRE A FAMILIA REAL E O POVO CERCANDO-OS INTEIRAMENTE. VE-SE AINDA CARROS DE BOI CHEIOS DE CANASTRAS E CAIXOTES COM O TESOURO LEVADO PELO SOBERANO. DE UMA CARRUAGEM FECHADA VEM DESCENDO A RAINHA DONA MARIA I (NESSA ÉPOCAJÁ ACOMETIDA PELA LOUCORA) É RETRATADA NA CENA SENDO LEVADA A UMA CADEIRINHA PARA SER TRASLADADA. PRÓXIMO A DOM JOÃO DOIS FRADES FRANCISCANOS REZANDO. AO FUNDO A FAMOSA TORRE DE BELÉM QUE FOI CONVERTIDA EM PRISÃO DURANTE A INVASÃO NAPOLEONICA. BELA MOLDURA REMATADA POR ROSÁCEAS EM METAL! INGLATERRA, SEC. XIX. 41 X 33 CM.NOTA: O embarque de milhares de pessoas e seus pertences, em um dia bastante chuvoso, foi extremamente confuso, visto D. João ter se decidido em cima da hora. Todo um aparelho burocrático vinha para a Colônia: ministros, conselheiros, juízes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes do Exército e da Marinha e membros do alto Clero. Baús com roupas, malas, sacos e engradados seguiam junto com as riquezas da Corte. Obras de arte, objetos dos museus, a Biblioteca Real com mais de 60 mil livros, todo o dinheiro do Tesouro português e as jóias da Coroa iam sendo colocados nos porões dos navios, bem como cavalos, bois, vacas, porcos e galinhas e mais toda a sorte de alimentos. Na manhã do dia 29 de novembro a esquadra portuguesa finalmente partiu do porto de Lisboa com destino ao Rio de Janeiro. A população de Lisboa assistia atônita a toda essa movimentação. Não podia acreditar que estivesse sendo abandonada pelo príncipe-regente e demais autoridades, levando tudo o que estivesse à mão, deixando-a totalmente desamparada para enfrentar o Exército de Napoleão. Lisboa estava um caos. Junot e sua tropa, apesar de bastante desfalcada, não tiveram problema para dominar a cidade, cuja população estava atordoada com o que consideravam uma fuga vergonhosa. A viagem foi difícil. Com os navios superlotados não havia espaço para todos se acomodarem. Muitos viajaram com a roupa do corpo, pois nem tudo pôde ser embarcado, já que a capacidade dos navios há muito havia sido superada. A água e os alimentos foram racionados. A higiene era de tal forma precária, que houve um surto de piolho nos navios, obrigando as mulheres a rasparem a cabeça, entre elas a princesa Carlota Joaquina e as demais damas da família real e da Corte. Para complicar a situação, quando a esquadra portuguesa estava próxima à ilha da Madeira, uma forte tempestade a dividiu, sendo que metade das embarcações, inclusive a que levava o príncipe-regente, foi parar no litoral da Bahia. Preocupado em evitar maiores problemas, D. João ordenou que todos parassem no porto mais próximo antes de seguir viagem para o Rio de Janeiro. A esquadra portuguesa, com o príncipe-regente, aportou assim, em Salvador, em 22 de janeiro de 1808, após 54 dias de viagem. Muitas vezes já me perguntei como seria a história do Brasil se a família Real portuguesa não tivesse sido obrigada pela invasão napoleônica a refugiar-se em nosso país e por força dessa decisão o Brasil tivesse sido elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves. Nesse caso Dom Pedro I nosso primeiro Imperador não teria vindo para o País e aqui se apaixonado pelas terras brasileiras. Talvez Dom João VI não teria sido envenenado anos depois para abrir espaço ao reinado de seu filho Dom Miguel apoiado por Carlota Joaquina. Mas para nós brasileiros acredito que esse fato histórico representou a legitimação da independência que só foi pensada em torno da figura de Dom Pedro I. Será que se não fosse assim teríamos mantido a integridade do Território Nacional? Ou teríamos um desenho de América do Sul completamente diferente do atual com vários pequenos países de língua portuguesa fragmentados pelo continente. Será que teríamos em 14 anos declarado independência de Portugal? Para esse leiloeiro o golpe de mestre de Dom João VI sobre Napoleão foi também o que possibilitou nossa independência e unidade poucos anos depois.

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Tipo: Colecionismo

A PARTIDA DA FAMILIA REAL PARA O BRASIL ÁGUA FORTE P & B. (Departure of His R. H. the Prince Regent of Portugal for the Brazils). AUTORIA DE FRANCESCO BARTOLOZZI (1727-1815) E HENRI LÉVÊQUE (1792-1815). GRAVADA EM 27 DE NOVEMBRO DE 1807 E PUBLICADA EM 1812. RARA E IMPORTANTE AGUA FORTE RETRATANDO A PARTIDA DA FAMILIA REAL PARA O BRASIL ESCAPANDO DO CERCO NAPOLEONICO A PORTUGAL. ORIGINAL DE ÉPOCA! NO PLANO PRINCIPAL, NO PORTO DE BELÉM EM LISBOA, DOM JOÃO ENTÃO PRINCIPE REGENTE ESTÁ CERCADO PELOS CORTESÃOS QUE LHE BEIJAM A MÃO. DENTRO DE COCHES COM PORTAS BRASONADAS AS INFANTAS FILHAS DE DOM JOÃO OLHAM PELA JANELA. EM UM DOS COCHES JUNTO A UM PADRE A FIGURA DE UM MENINO O PRINCIPE DO BRASIL, NOSSO FUTURO IMPERADOR PEDRO I, ACOMPANHADO POR UM FRADE. A ESQUERDA, VE-SE A LUXUOSA GALEOTA REAL ORNADA COM COROA E BALDAQUINO COM TRONO QUE LEVARÁ DOM JOÃO ATÉ O NAVIO QUE O CONDUZIRÁ. VÁRIAS EMBARCAÇÕES A REMO NAVEGAM NO TEJO EM DIREÇÃO AOS NAVIOS ANCORADOS LEVANDO A CORTE QUE SEGUE AO BRASIL. EM OUTRO PLANO, VE-SE OS CAMPONESES AJOELHADOS EM ATITUDE DE SÚPLICA AO GOVERNANTE. TAMBÉM É RETRATADA NO PLANO PRINCIPAL FAMÍLIA DE NOBRE SENTADA SOBRE CANASTRAS ONDE DEVEM ESTAR SEUS VALORES. A CAVALARIA REAL FAZ UM CORDÃO DE ISOLAMENTO ENTRE A FAMILIA REAL E O POVO CERCANDO-OS INTEIRAMENTE. VE-SE AINDA CARROS DE BOI CHEIOS DE CANASTRAS E CAIXOTES COM O TESOURO LEVADO PELO SOBERANO. DE UMA CARRUAGEM FECHADA VEM DESCENDO A RAINHA DONA MARIA I (NESSA ÉPOCAJÁ ACOMETIDA PELA LOUCORA) É RETRATADA NA CENA SENDO LEVADA A UMA CADEIRINHA PARA SER TRASLADADA. PRÓXIMO A DOM JOÃO DOIS FRADES FRANCISCANOS REZANDO. AO FUNDO A FAMOSA TORRE DE BELÉM QUE FOI CONVERTIDA EM PRISÃO DURANTE A INVASÃO NAPOLEONICA. BELA MOLDURA REMATADA POR ROSÁCEAS EM METAL! INGLATERRA, SEC. XIX. 41 X 33 CM.NOTA: O embarque de milhares de pessoas e seus pertences, em um dia bastante chuvoso, foi extremamente confuso, visto D. João ter se decidido em cima da hora. Todo um aparelho burocrático vinha para a Colônia: ministros, conselheiros, juízes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes do Exército e da Marinha e membros do alto Clero. Baús com roupas, malas, sacos e engradados seguiam junto com as riquezas da Corte. Obras de arte, objetos dos museus, a Biblioteca Real com mais de 60 mil livros, todo o dinheiro do Tesouro português e as jóias da Coroa iam sendo colocados nos porões dos navios, bem como cavalos, bois, vacas, porcos e galinhas e mais toda a sorte de alimentos. Na manhã do dia 29 de novembro a esquadra portuguesa finalmente partiu do porto de Lisboa com destino ao Rio de Janeiro. A população de Lisboa assistia atônita a toda essa movimentação. Não podia acreditar que estivesse sendo abandonada pelo príncipe-regente e demais autoridades, levando tudo o que estivesse à mão, deixando-a totalmente desamparada para enfrentar o Exército de Napoleão. Lisboa estava um caos. Junot e sua tropa, apesar de bastante desfalcada, não tiveram problema para dominar a cidade, cuja população estava atordoada com o que consideravam uma fuga vergonhosa. A viagem foi difícil. Com os navios superlotados não havia espaço para todos se acomodarem. Muitos viajaram com a roupa do corpo, pois nem tudo pôde ser embarcado, já que a capacidade dos navios há muito havia sido superada. A água e os alimentos foram racionados. A higiene era de tal forma precária, que houve um surto de piolho nos navios, obrigando as mulheres a rasparem a cabeça, entre elas a princesa Carlota Joaquina e as demais damas da família real e da Corte. Para complicar a situação, quando a esquadra portuguesa estava próxima à ilha da Madeira, uma forte tempestade a dividiu, sendo que metade das embarcações, inclusive a que levava o príncipe-regente, foi parar no litoral da Bahia. Preocupado em evitar maiores problemas, D. João ordenou que todos parassem no porto mais próximo antes de seguir viagem para o Rio de Janeiro. A esquadra portuguesa, com o príncipe-regente, aportou assim, em Salvador, em 22 de janeiro de 1808, após 54 dias de viagem. Muitas vezes já me perguntei como seria a história do Brasil se a família Real portuguesa não tivesse sido obrigada pela invasão napoleônica a refugiar-se em nosso país e por força dessa decisão o Brasil tivesse sido elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves. Nesse caso Dom Pedro I nosso primeiro Imperador não teria vindo para o País e aqui se apaixonado pelas terras brasileiras. Talvez Dom João VI não teria sido envenenado anos depois para abrir espaço ao reinado de seu filho Dom Miguel apoiado por Carlota Joaquina. Mas para nós brasileiros acredito que esse fato histórico representou a legitimação da independência que só foi pensada em torno da figura de Dom Pedro I. Será que se não fosse assim teríamos mantido a integridade do Território Nacional? Ou teríamos um desenho de América do Sul completamente diferente do atual com vários pequenos países de língua portuguesa fragmentados pelo continente. Será que teríamos em 14 anos declarado independência de Portugal? Para esse leiloeiro o golpe de mestre de Dom João VI sobre Napoleão foi também o que possibilitou nossa independência e unidade poucos anos depois.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada